O que é ESG e o que as empresas precisam saber?

ESG não é um termo novo, mas vem ganhando destaque nos últimos anos. Porém, ao contrário do que se pensa, as práticas vão muito além da sustentabilidade ambiental. Entenda!


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O que é ESG e o que as empresas precisam saber?

ESG é um termo que vem ganhando destaque nos últimos anos e, ao contrário do que muitas pessoas imaginam, essa sigla representa práticas que vão muito além da sustentabilidade ambiental. A definição é “Environmental” (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança).

Deu para perceber que o aspecto ambiental é apenas uma das bases do conceito de ESG. Empresas que estão atentas ao crescimento sustentável devem ter atenção para abrir o leque de possibilidades de atuação.

Essa abordagem define o quanto uma empresa planeja ações que vão além do seu core business e está atenta aos seus impactos no mundo, focada em promover uma sociedade melhor. E é disso que vamos tratar neste artigo. Prossiga a leitura para entender melhor do que se trata o termo e saber como ir além nas suas estratégias!

O que é ESG?

As iniciais do termo ESG, em Português, definem as palavras “Ambiental”, “Social” e “Governança”, por isso, é comum a adoção das siglas ASG no Brasil. Empresas orientadas para promover ações focadas em ASG entendem que o tripé só funciona de forma sustentável quando uma ação é feita com base na outra e de forma contínua, mesmo que paralelas.

O que está por trás de cada sigla do ESG?

Acompanhe o conceito de cada pilar dessa abordagem e entenda como elas fazem parte de estratégias sustentáveis em sentido amplo.

E - Environmental ou Ambiental

Aqui está o conceito pelo qual o termo ESG é mais conhecido e que muitas pessoas, de maneira equivocada, acreditam que resume-se apenas a ele: o fator ambiental. Essa base do ESG diz respeito às práticas da organização voltadas ao meio ambiente.

Isso engloba, por exemplo:

. de que forma a empresa desenvolve seus produtos;

. quais os riscos e danos ela causa ao meio ambiente;

. quais ações propõe para escalar de forma mais sustentável, consistente e consciente nesse sentido, focando na redução de impactos de maneira local e global.

S- Social

Essa é outra base importante das ações de ESG e diz respeito à responsabilidade social e o impacto das empresas na sociedade e nas comunidades. Aqui entram:

. os direitos humanos;

. direitos trabalhistas;

. as ações sociais desenvolvidas pela empresa;

. o relacionamento com os clientes;

. diversidade da equipe;

. proteção de dados dos consumidores, entre outros.

Em seu relatório de compromissos com a sociedade, a Danone destaca iniciativas próprias de auxílio ao combate à fome e ao desperdício de alimentos. Você pode conferir exemplos das ações da empresa — tanto do aspecto social quanto ambiental e governamental — neste link.

G - Governance ou Governança

As práticas para promover uma boa governança também estão previstas nos pilares de ESG. Estão ligadas às:

. políticas da empresa;

. aos processos, incluindo questões jurídicas e legais;

. condutas corporativas;

. estratégias de negócio;

. orientações administrativas, entre outros.

Ou seja: não adianta investir em ações que impactem menos o meio ambiente se, juridicamente, a empresa acaba infringindo alguma lei, certo?

Saiba mais: Pesquisa mostra que 80% das pessoas consideram importante a atuação de empresas em ações relacionadas ao meio ambiente, às questões sociais e de governança, mas poucas pessoas associam marcas ao ESG. Acesse o estudo completo!

Por que é importante ser uma empresa focada em ESG atualmente?

O termo ESG cresceu consideravelmente em volume de buscas na internet nos últimos anos. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Valor Econômico, em 2021, as pesquisas cresceram em 150% em comparação com 2020. O Brasil, segundo os dados, está entre os 25 países que mais pesquisaram sobre o tema nesse período.

Mas por que as marcas estão mais atentas a isso agora? Saiba que esse conceito não é novo; surgiu em 2004, em um relatório feito pelo Pacto Global.

No documento, o até então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, chamou a atenção para ações em que 50 empresas pudessem alinhar fatores sociais e de governança no mercado financeiro.

Hoje, com perfis de consumidores que cada vez mais buscam informações de ações sustentáveis desenvolvidas pelas organizações, e pela competitividade cada vez mais acirrada, destaca-se quem, independentemente do setor de atuação, planeja medidas para ser referência em ESG.

Porém, é importante ressaltar que as ações devem ser planejadas e executadas de forma genuína, não apenas visando o lucro. Afinal, os consumidores desejam se conectar com marcas que realmente estão em sintonia com seu estilo de vida e comportamento de compra.

Ter atenção aos pilares do ESG permite à empresa:

  1. Destacar-se diante da concorrência, agregando mais valor para o consumidor;
  2. Aumentar a consciência da marca perante o mercado;
  3. Ser mais relevante para acionistas e comunidade;
  4. Ser uma organização que gera mais impactos positivos na sociedade, cujas ações vão além do seu negócio principal.
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Photo By Gemma Evans

Como aliar a inovação às práticas de ESG?

Uma das melhores maneiras de praticar o ESG, independentemente de qual seja a atividade, é pensar em meios de inovar e se destacar da concorrência. Inovar é ter propor algo criativo , que seja viável e atenda a uma demanda, por exemplo.

E quando falamos em inovação, é muito difícil não falar de tecnologia, pois esse é um dos principais recursos que permitem que uma marca inove de forma estratégica.

Por meio dela, a empresa conta com meios mais eficientes para inovar na produção e oferta dos seus produtos e serviços. Além disso, a inovação ser utilizada a serviço do impacto das ações de ESG, desde o planejamento de “novas formas de fazer” à divulgação dessas práticas.

Em outras palavras, quando pensamos em inovação, estamos falando de rever as formas como as atividades são implementadas, de pensar em formas de essas ações serem feitas de maneira mais eficientes e sustentáveis, e que beneficiem a toda a sociedade.

De que modo a sua empresa pensa a agenda de inovação aplicada às ações de ESG? Se você está dando os primeiros passos rumo ao entendimento e aplicação desse conceito, confira algumas dicas do que é possível planejar.

Entender os hábitos e atitudes dos seus consumidores

Compreender a fundo a forma como seus consumidores e potenciais consumidores se relacionam com as marcas, seus hábitos e atitudes de compra é um dos pontos fundamentais para propor ações com foco em ESG que façam sentido para o seu mercado.

Por meio de pesquisas de mercado, é possível descobrir, por exemplo, quais são as motivações de compra de determinado produto ou serviço de uma categoria para identificar oportunidades.

Também dá para entender os motivos de os consumidores optarem por determinada marca em detrimento de outra e o que é diferencial na hora de fazer sua escolha.

Pode parecer irrelevante, afinal, muitas pessoas ainda pensam que preço é o principal fator considerado na hora de fazer uma compra, mas isso tem mudado. Uma pesquisa já constatou que 87% dos consumidores preferem comprar de empresas que adotam práticas sustentáveis e não se importam em pagar a mais por isso.

Será que os seus consumidores fazem parte dessa estatística? Nesse sentido, quais ações são as mais importantes para seu nicho? É possível descobrir isso por meio de pesquisa elaborada com tecnologia de ponta para fazer a coleta de dados!

Planejar estrategicamente seus produtos e serviços

Outra maneira eficiente de inovar por meio da tecnologia é descobrir quais são os pontos fortes e fracos do seu produto ou serviço, assim como identificar lacunas para propor algo diferenciado para o mercado.

Aqui, existem infinitas possibilidades para tornar a sua marca ainda mais relevante para o seu público:

  • comparar as embalagens de produtos e ver quais são mais atrativas para o seu público;
  • testar claims que reforçam o aspecto sustentável pelo qual o produto foi desenvolvido e perceber se eles são atrativos o bastante para o mercado;
  • equiparar conceitos de produtos com os anteriores já praticados pela empresa, e até com os da concorrência.

Entendeu como a inovação, nesses casos, é uma aliada para ajudar a escalar a sua empresa de maneira estratégica e investir tempo e dinheiro nas ações certas e que estão conectadas com as ações de ESG?

Democratizar o acesso à informação e à comunicação da sua marca

Aproveitando o tópico anterior, que diz respeito a propor produtos e serviços que façam sentido para o mercado, pense em como uma embalagem pode ser feita de forma sustentável, mas como essa informação chegaria até o seu público.

Ao tornar a comunicação da sua empresa mais democrática, acessível e humanizada você estará aplicando o aspecto “social” que diz respeito às ações de ESG. É tornar público, de maneira eficiente, quais ações a sua marca tem tomado e em quem ela está pensando ao propor cada uma de suas atividades.

Tenha em mente que a inovação também passa por isso. É usar as ferramentas para dar escala para esse impacto; é olhar para as demandas socioambientais não só como oportunidades de negócio, mas também com o objetivo de ganhar escala de forma sustentável.

Como você conferiu, as ações de ESG vão além da sustentabilidade ambiental. É pensar em como a marca pode ser mais acessível, justa, correta e ética, e gerar impactos positivos que sejam condizentes com seu negócio. Com pequenas ações no dia é possível dar grandes saltos e se tornar exemplo no assunto.

Gostou do conteúdo? Que tal compartilhar com sua rede de contatos e ajudar as marcas a se pensarem em boas práticas nesse sentido?

(créditos de capa: Serge Le Strat)


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