Metaverso e as marcas: como funciona essa relação?

O metaverso é a integração das pessoas a partir da recriação de experiências entre o mundo real e o virtual. Entenda como as marcas podem se beneficiar.


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Metaverso e as marcas: como funciona essa relação?

Quando fala-se em metaverso, muitas pessoas associam apenas a jogos de realidade paralela, mas o conceito vai muito além disso. É um ecossistema coletivo que permite a integração das pessoas a partir da recriação de experiências entre o mundo real e o virtual.

Mas por que o termo está fazendo tanto sucesso ultimamente e qual a relação disso com as marcas e o mercado? Para o início dessa conversa, saiba que o conceito de metaverso não é novo, mas ficou em evidência quando Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, anunciou um alto investimento para construir e se tornar uma empresa metaverso.

Geralmente, tudo o que é relativo ao Facebook, gera repercussão e, claro, oportunidades de negócio. Se a aposta de Zuckerberg é oferecer — em até cinco anos — algo inovador às pessoas e que vá muito além da internet que temos no celular, por que não conhecer melhor o tema e entender se a sua empresa também pode investir em novos negócios?

Por dentro do conceito de metaverso

Se você não é fã de etimologia, saiba que aqui ela é importante para você entender o conceito de metaverso, já que ele está entre os termos mais ouvidos nos últimos meses por quem acompanha tecnologia: “meta” (além de) e “verso” (universo).

Já deu para ter uma ideia de que o metaverso vai além, não se limitando a apenas um ambiente, concorda? Essa é uma nova realidade compartilhada entre o universo físico e o digital, com experiências imersivas e interativas.

O próprio Facebook define o conceito como “um conjunto de espaços virtuais onde você pode criar e explorar com outras pessoas que não estão no mesmo espaço físico que você.

Porém, não pense que somente avatares ou bonecos virtuais participam dessa realidade, pois ela é voltada, justamente, para a integração dos humanos, pessoas reais como nós.

Além disso, especialistas esclarecem que, tecnicamente, o metaverso não é algo real, mas a intenção é proporcionar a sensação de realidade por meio da imersão em uma estrutura feita com base no mundo real.

Influências do metaverso no mercado de tecnologia e inovação

Com os avanços na tecnologia e com o conceito em alta — o que estimula a realização de pesquisas e testes voltados para o aumento do grau de realismo — especialistas alertam que é possível que haja ampliação de ofertas e barateamento dos aparelhos de realidade virtual.

Por consequência, mais pessoas terão acesso a essas ferramentas e serão atraídas para esse novo ambiente. Com isso, atividades comuns como conversar com amigos, fazer compras e participar de eventos seriam realizadas de forma cada vez mais inovadora para o maior número de pessoas, expandindo oportunidades em nichos diferentes.

Exemplos de aplicação de metaverso no mercado

Mesmo que seja um conceito relativamente novo para grande parte das pessoas, o metaverso já está inserido na realidade de diversas empresas.

Pode até ser que você já conheça alguns casos e não tenha se dado conta que trata-se do metaverso de forma aplicada no mercado. Separamos alguns dos principais exemplos para você entender melhor e se inspirar em boas ações.

Reuniões corporativas de grandes empresas

Mais uma vez estamos trazendo o Facebook como exemplo de aplicação de metaverso, junto da Microsoft. Não por acaso, aqui selecionamos uma forma de utilização mais voltada para o universo corporativo para que você entenda que as possibilidades são infinitas quando o assunto é metaverso.

Como forma de introduzir as pessoas ao tema, as duas empresas realizaram experiências em "workrooms", uma imersão dos colaboradores em um mesmo ambiente virtual para realizar reuniões em tempo real. Confira os cases.

Metaverso no corporativo: imersão de colaboradores em um mesmo ambiente virtual para fazer reuniões em tempo real

Moda e esportes no metaverso

A Balenciaga, empresa espanhola referência em moda de alto luxo, fechou parceria com o Fortnite para emplacar suas peças no universo do jogo virtual. Da mesma forma, outras marcas apostaram nas criações de linhas de vestuários virtuais, como a Gucci, e a Burberry.

Marcas apostam em linhas de vestuário exclusivas para jogos online

O mesmo aconteceu com a marca de artigos esportivos Vans — aproveitando a alta do skate no esporte — e a plataforma Roblox, que une pessoas justamente para terem experiências compartilhadas.

Cerveja premium também está no metaverso

Quando falamos em formas de aplicação em ambiente metaverso, te convidamos para realmente abrir a mente quanto ao campo das possibilidades.

A Stella Artois, por exemplo, é uma marca que já patrocinava pistas de corrida de cavalos premium e, recentemente, identificou o metaverso como um novo nicho para fazer a mesma coisa com a Zed Run, plataforma de corrida de cavalos online baseada em blockchain. Não há como negar a sacada genial, né?

Quem também se aproveitou da nova onda foi o McDonald´s que recriou sua loja conceito dentro do Minecraft e o iFood que permite que você seja um entregador e ganhe dinheiro virtual no jogo GTA.

iFood também adere ao metaverso e insere a marca em um jogo do GTA. Fonte: divulgação iFood

Como identificar oportunidades para inserir o metaverso no negócio?

Até mesmo o Facebook, empresa que trouxe o conceito de metaverso à tona novamente, já deixou claro que é preciso construí-lo com responsabilidade e que não é possível que as ações sejam implementadas de uma hora para outra. Com isso em mente, sugerimos que você também encare essa nova realidade de forma estratégica e atenta.

Parece óbvio que toda a tecnologia proposta pelo metaverso nem sempre será aproveitada por todo tipo de negócio, certo? Mas, como é possível identificar gaps e aplicar essa nova realidade mista nas operações?

Entendendo o seu público e identificando o que pode ser relevante para ele com pesquisas de marketing. Não adianta, por exemplo, ter ideias modernas e futuristas se os seus clientes não se identificam com isso. Ou pior, se a atividade não é bem implementada e, em vez de atrair, acaba afastando consumidores.

E de quais maneiras as pesquisas podem ajudar na aplicação (ou não) do metaverso na sua empresa e a entender qual é o momento certo para isso?

Pesquisas ajudam a identificar como a marca é percebida pelos consumidores

Você sabe dizer se o público enxerga a sua marca como inovadora e à frente do mercado? Ainda, sabe mensurar se a empresa é uma das primeiras a serem lembradas no segmento?

É algo como falar em redes sociais e logo associar ao Facebook (olha ele aí de novo!) e Instagram. Mesmo que existam diversas outras redes por aí, é difícil não pensar nas duas ferramentas de imediato. Para adotar estratégias voltadas ao metaverso é preciso entender a fundo como os clientes enxergam sua marca e se a lembrança é positiva.

Nesse caso, existem soluções com metodologias especializadas e que podem ser personalizadas para atender às necessidades de cada organização. Entre as vantagens desse tipo de ferramenta destacamos a agilidade de implementação, e isso ajuda a tomar decisões mais estratégicas sem perder tempo.

É possível identificar oportunidades de negócios ouvindo seus clientes

O melhor indicador de que as coisas estão prósperas na sua empresa é a satisfação dos clientes. Se eles não estão satisfeitos com a marca, tendem a deixá-las — convenhamos que isso não é difícil de acontecer em meio à tanta concorrência.

Sendo assim, é importante medir se seus clientes estão realmente satisfeitos e os motivos disso. Porém, nem sempre um consumidor está, exatamente, insatisfeito. Ele pode ser apenas neutro com a empresa, pois ela ainda não oferece aquela solução ou serviço que realmente faça a diferença em sua vida.

Entretanto, esse tipo de cliente também precisa ser ouvido, pois podem ter sugestões que ajudarão a conhecer novos caminhos e a preencher gaps que a maioria das empresas ainda nem se atentou a eles. É uma boa forma de a sua sair na frente!

Pesquisas digitais ajudam a entender qual é, de fato, o seu público ideal

Um dos principais erros mais cometidos pelas empresas é não investir em conhecimento de público. O departamento de marketing pode, por exemplo, traçar estratégias para pessoas de perfil A, quando no fundo, são as de perfil B que mais geram receitas ao final.

A relação disso com as ações relativas ao metaverso acontece de várias maneiras:

  • entender se a sua persona está familiarizada com o conceito;
  • se anseia por novidades que permitam maior interatividade;
  • se é um público especializado e que pode até apresentar sugestões de soluções;
  • se o público ainda precisa ser educado e instigado a conhecer mais.

O conhecimento a fundo dos consumidores que mais geram receita e impactam seu negócio positivamente — por exemplo: são promotores e amantes da marca — é atividade básica e que deve ser sempre revista se o objetivo é aumentar os lucros com precisão e agilidade.

Para encerrar, entenda que o metaverso chegou não só para movimentar o mercado da tecnologia e impulsionar os negócios, mas (e principalmente) ele surge com a proposta de aproximar as pessoas em suas diversas relações.

Mesmo que a sociedade esteja cada vez mais separada pelos espaços físicos, as conexões sempre serão necessárias e com apelos mais reais a cada dia, e o metaverso surge para suprir essas necessidades.

Propomos esse tema para você repensar formas de se conectar com as pessoas com a premissa do metaverso em mente. Ao estar por dentro do conceito, quem sabe não surgem insights valiosos para gerar mais receitas?

Para complementar este assunto, temos um material no qual falamos sobre o mercado e as tendências para os próximos anos que podem ser aplicadas na sua empresa. Interessou-se? Basta baixar nosso e-book e se preparar para o futuro!


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