Como desenvolver produtos inovadores: os 5 erros a evitar

Focar em ideias e não em soluções; mirar grandes mercados; não fazer pesquisa e outros erros ao desenvolver produtos inovadores.


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Como desenvolver produtos inovadores: os 5 erros a evitar

Dados divulgados pela consultoria McKinsey mostram que 84% dos executivos acreditam que a inovação é o segredo para o crescimento de suas empresas (50% do crescimento anual do PIB americano vem de produtos e serviços inovadores). No entanto, apenas 6% deles consideram sua performance nessa área satisfatória.

Por que, apesar de acreditarem que a inovação é tão importante, muitos executivos não conseguem inovar em suas empresas? O motivo pode estar em alguns erros que muitas organizações cometem por não saberem como desenvolver produtos inovadores da forma correta.

Selecionamos 5 desses erros e apresentamos aqui, para que você possa evitá-los em sua empresa. Confira nossas dicas.

1- Focar em ter ideias inovadoras, em vez de solucionar problemas

Um erro muito comum cometido pelas empresas é achar que a inovação começa com uma ideia. Não: a inovação começa com a detecção de um problema, algo que precisa ser resolvido para seus clientes. E, para descobrir o que seus clientes desejam e quais problemas precisam solucionar, existem dois pontos fundamentais:

  • Estar constantemente em contato próximo com eles e conhecê-los profundamente por meio de sistemas de gestão do relacionamento com o cliente.
  • Fazer pesquisas, por exemplo, de satisfação do consumidor (para saber se sua empresa está deixando de perceber um problema que seus clientes querem ver resolvido) e pesquisas de tendências (para se antecipar a alguma oportunidade de inovação que já está sendo indicada pelo mercado).

2- Pensar em soluções antes de definir claramente o problema

Saber como desenvolver produtos inovadores envolve definir claramente o problema que precisa ser resolvido e quais serão as capacidades necessárias para solucionar esse problema. Um exemplo clássico vem de Steve Jobs, quando queria desenvolver o iPod. Ele criou esta definição do problema a ser resolvido: como colocar “1.000 músicas no meu bolso”. Com isso em mente, os engenheiros logo perceberam que a capacidade de armazenamento de dados em um dispositivo pequeno era a chave dessa inovação.

Bastou encontrar o fornecedor correto de uma memória que atendesse esse requisito para se criar um produto inovador, que foi o precursor de uma série de outros, como o iPad e o iPhone.

3- Mirar em grandes mercados no começo, em vez de pequenos

Pensar em conquistar grandes mercados para seus produtos convencionais é uma estratégia correta e muito usada pelas empresas. Mas, quando se trata de como desenvolver produtos inovadores, essa pode não ser uma boa estratégia em um primeiro momento.

O ideal é planejar a conquista de mercados maiores para mais adiante e iniciar o processo de inovação com versões beta, que pouco a pouco serão desenvolvidas para atender ao mercado de massa.

Isso porque ideias novas são mais difíceis de serem compreendidas e adotadas pelo público, trazendo dificuldades na hora de lançar um produto inovador em grandes mercados.

Um exemplo claro é o caso do Google Glass. Ao ser lançado como um produto de consumo, recebeu diversas críticas e foi considerado um perigo porque distraía as pessoas enquanto dirigiam ou caminhavam pelas ruas, provocando acidentes.
O resultado foi o fracasso nas vendas.

Hoje, com foco em atividades industriais – um mercado menor, mas mais acostumado a inovações desse tipo –, o Google Glass está sendo usado para treinamento, operação de máquinas à distância, documentação de processos e outras tarefas mais específicas.

4- Acreditar que ser o pioneiro a entrar em um mercado é garantia de sucesso

Segundo um estudo divulgado pelo MIT, empresas pioneiras apresentam uma taxa de fracasso de 47%, mostrando que ser o primeiro a lançar um produto inovador no mercado não é tão vantajoso quanto se imagina. Isso acontece porque as empresas que seguem as pioneiras já têm muito mais dados sobre o comportamento do consumidor e aprendem com os erros de quem teve que desvendar o mercado primeiro.

Além disso, entram no mercado em uma fase de crescimento e, muitas vezes, com um produto melhor do que o pioneiro, pois tiveram tempo de estudá-lo e desenvolvê-lo.

Um exemplo famoso foi o lançamento do primeiro refrigerante diet, em 1952, pela Kirsch Beverage Company, de Nova York, que foi totalmente superada pela Coca-Cola e pela Pepsi quando lançaram suas versões do produto.

5- Não fazer teste de conceito do novo produto

Não há como desenvolver produtos inovadores sem fazer um teste de conceito antes do lançamento. Esse deve ser o primeiro passo para a empresa desenvolver produtos inovadores. Testes de conceito de produto ajudam a empresa a aumentar sua aceitação pelo público, identificando possíveis pontos de melhoria. Existem vários tipos de teste de conceito. O teste de conceito de produto identifica as reações dos consumidores sobre ele e quais benefícios gostariam que ele proporcionasse.

É possível fazer também testes de modificação do produto, com o objetivo de melhorá-lo; testes de experiência do consumidor, para entender as situações de uso do produto; e testes de precificação, para avaliar a percepção de valor do produto pelo consumidor.

No caso do desenvolvimento de produtos inovadores, você pode fazer um teste de conceito, uma triagem de até 3 conceitos ou um teste comparativo de 2 conceitos de produtos, entre outros questionários certificados, validados metodologicamente por especialistas e disponíveis em nossa plataforma.


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