Neste artigo, vamos analisar os dados de uma pesquisa que conduzimos com o propósito de identificar os principais gastos dos brasileiros nos últimos 12 meses e entender como eles estão gerenciando suas finanças.
Até que ponto o salário tem sido suficiente para atender às necessidades e padrões de vida dos consumidores? Qual é a importância da educação financeira diante dos desafios econômicos enfrentados atualmente no país?
Para isso, entrevistamos 500 pessoas, com mais de 18 anos, pertencentes às classes ABC e de todas as regiões do país. Todas elas integraram nosso painel de entrevistados, o MeSeems. Boa leitura!
Os preços estão subindo?
Uma pesquisa revelou que 78% dos entrevistados notaram um aumento nos preços nos últimos 12 meses. Esse aumento foi especialmente sentido nos setores de alimentação , com 71%, seguido por moradia (48%), saúde (47%), transporte público ou privado (39%) e entretenimento e lazer (24%).
Além disso, essas mesmas categorias representaram os principais gastos das famílias no último ano, com exceção do entretenimento e lazer. Os gastos foram distribuídos da seguinte forma:
- 63% dos gastos foram destinados à alimentação
- 43% em moradia
- 31% para saúde
- 25% ao transporte
- 21% às comunicações (incluindo planos de telefonia, internet, TV, etc.)
Mesmo diante de um aumento nos preços, há itens pelos quais as pessoas continuariam a gastar a mesma quantia ou até mais:
- 62% manteria ou aumentaria os gastos com alimentação
- 32% com saúde
- 31% por moradia
- 19% com transporte
Esses dados evidenciam os desafios enfrentados pelos brasileiros diante do aumento dos preços e como isso afeta suas prioridades de gastos.
E como estão os progressos dos brasileiros?
A situação salarial dos brasileiros se encontra em um cenário desafiador, onde apenas uma pequena parcela afirma que a renda familiar é suficiente para viver de forma tranquila. Os dados revelam que:
26% dos entrevistados afirmaram que o salário cobre as contas e gastos com tranquilidade.
36% cobram as despesas financeiras, porém apertadas no final do mês.
20% pagam apenas as contas básicas, sem sobrar dinheiro para outros gastos.
Preocupantemente, 18% dos entrevistados afirmaram que o salário não é suficiente para cobrir as despesas básicas.
Diante dessa realidade, metade dos entrevistados (50%) afirma ter buscado uma renda extra no último ano para conseguir pagar todas as despesas , demonstrando a necessidade de complementar a renda familiar.
Além disso, 37% dos entrevistados disseram ter desejado de algum bem para economizar dinheiro ou pagar dívidas , evidenciando os sacrifícios necessários para manter as finanças em equilíbrio.
Quanto às economias, dois terços dos entrevistados (66%) reivindicam guardar dinheiro, já o restante indicou o seguinte:
- 34% não guardam dinheiro;
- 29% preferem poupar na poupança;
- 29% mantém o dinheiro na conta-corrente;
- 24% realizam algum tipo de investimento, com destaque para o gênero masculino;
- 8% mantém o dinheiro guardado em casa;
- 5% optam por guardar dinheiro por meio de previdência privada;
- 1% tem outras formas de guardar dinheiro.
Qual é a importância da educação financeira no Brasil?
A educação financeira assume um papel de extrema importância diante dos desafios econômicos enfrentados pelos brasileiros. Os dados revelam a urgência e a relevância desse conhecimento.
Apenas 37% dos entrevistados afirmaram ter facilidade em entender e explorar opções de investimento para aumentar a renda, sendo essa percepção mais comum entre as classes A e B.
O interesse por aprender sobre educação financeira é evidente, com 60% dos entrevistados indicaram interesse em participar de cursos específicos para esse fim . Isso sugere um reconhecimento prático da necessidade de adquirir conhecimentos para administrar melhor as finanças pessoais.
Além disso, 70% dos entrevistados acreditam que a educação financeira deveria ser uma disciplina obrigatória nas escolas . Essa percepção reflete o entendimento de que o aprendizado sobre finanças deve começar desde cedo, preparando os jovens para lidar com as complexidades do mundo financeiro.
Outro dado relevante é que 65% dos entrevistados acreditam que as empresas, especialmente as instituições financeiras, deveriam oferecer programas de educação financeira a seus clientes e consumidores.
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