O brasileiro, de modo geral, não tem a cultura de contratar seguros — vida, saúde, residencial, acidentes pessoais, entre outros. Além de isso ser constatado por meio da nossa pesquisa e pelo prório mercado, é fácil constatar no dia a dia: quantas pessoas você conhece que têm algum tipo de seguro contratado?
Podemos arriscar um palpite de que são poucas, mas se pudermos ser mais específicos, ousamos dizer que a maior parte desses seguros é do tipo veicular. Mas por que o país conta com essa baixa adesão em seguros, de maneira ampla?
Se olharmos para aspectos mais gerais, entre os fatores temos a questão econômica e social — afinal, nem todo tipo de seguro é acessível às várias camadas da população — e falta de conscientização. Com isso em mente, realizamos algumas análises importantes a partir de dados inéditos sobre esse mercado. Continue para entender melhor.
Os seguros mais e menos contratados
Você já deve ter uma ideia, mas como é importante termos dados concretos para confirmar hipóteses, saiba que por meio de uma pesquisa realizada em nosso painel de respondentes, o MeSeems, identificamos que o seguro auto é o mais contratado pela população brasileira, com 52,5% das contratações.
Seguidos do seguro automóvel estão empatados os de vida e de saúde, ambos com 36,7%. Mas quando falamos em seguro de vida, um dado curioso pode chamar atenção das empresas desse setor: 58% da contratação é feita de forma coletiva, pelas empresas aos colaboradores, de acordo com matéria divulgada pelo InfoMoney.
Nesse cenário, a falta de conscientização por parte do mercado fica evidente inclusive nos casos em que a contratação de seguros é compulsória. Nessa mesma matéria observamos essa lacuna:
“Eu sei que tenho porque vem o valor descontado no holerite. Mas nunca procurei detalhes sobre isso. No momento da minha admissão, assinei e estava lá a proposta, mas são sei dizer valor de cobertura, indenização, entre outros pontos principais”, afirma Lucas Frigieri, analista financeiro de uma empresa de bens de consumo. (via InfoMoney)
Isso nos leva a informar um dado relevante sobre a contratação de seguros de modo geral:
49% das pessoas não têm e nem pretendem ter nenhum tipo de seguro.
Ou seja, em muitos casos, se a contratação não for obrigatória, ela não acontece, o que evidencia a falta dessa cultura entre a população.
Além dessa brecha de informações sobre o mercado de seguros do modo amplo, também há espaço para conscientização quanto à importância de outros tipos de seguros, como os de saúde para pets e de bikes; 45% e 41% dos respondentes da nossa pesquisa desconhecem essas modalidades, respectivamente.
Esses, por consequência, são os tipos de seguros menos contratados. Antes deles, em relação à menor contratação, estão seguros de acidentes pessoais, para motos e os patrimoniais.
Mas falta educação ou acessibilidade?
A contratação de seguros é feita em grande parte pelas classes A e B, que são compostas por pessoas com poder aquisitivo mais alto e que, por consequência, podem investir nesses serviços com mais tranquilidade financeira.
Tanto é que na nossa pesquisa constatamos que 39% dos respondentes não chegaram nem a avaliar a contratação de um seguro e o principal motivo é por saber que não teriam condições de arcar com o custo.
Além disso, entre as razões que já levaram ao cancelamento de um contrato antes mesmo de terminar a vigência, as financeiras estão no topo com 71% dos casos — dos contratos firmados.
Se por um lado boa parte da população não chega a cogitar a hipótese de uma contratação, do outro está a falta de informação. Há a crença de que esses serviços são inacessíveis, “muito caros” e fora da realidade de várias classes sociais.
Isso nos leva a crer que há lacunas nesse mercado e que falta educação e conscientização por parte das empresas para a população. De maneira geral, o brasileiro não é educado a pensar nos seguros como uma proteção e tranquilidade financeiras para o futuro e sim, como um “gasto” a mais.
No entanto, é possível virar a chavinha para a mentalidade de que seguro é um investimento e não apenas uma despesa.
É certo que ter abrangência na contratação desses serviços é algo desafiador, mas, certamente, cálculos que comprovem o prejuízo financeiro quando ocorrer um incidente em relação à não contratação podem ajudar nesse processo educativo.
Mas para que essa comunicação seja efetiva, as marcas precisam conhecer seus consumidores verdadeiramente para entender como ser relevantes e assim, conseguirem mapear a jornada de compra do seu público de forma mais estratégica.
Contratação autônoma e Low Cost
Outros aspectos importantes quanto à falta de educação sobre o mercado de seguros são a dificuldade para entender como o seguro funciona e a autonomia na contratação.
Quando as pessoas contam com informações em uma comunicação clara e descomplicada e têm liberdade para fazer tudo pelo celular, as barreiras são reduzidas.
Toda essa acessibilidade leva a uma contratação mais simples e rápida e, por que não, mais barata? Assim, surge uma modalidade de seguro relativamente nova no mercado: os seguros low cost, ou seja, os seguros de baixo custo.
Esse é um perfil para pessoas que querem investir na sua segurança, porém, a um custo limitado — por isso, com serviços e coberturas também limitadas. Já ouviu falar desse tipo de seguro?
Se não, não se espante, pois apenas 2% dos respondentes disseram conhecer, e 26% precisariam conhecer um pouco mais sobre a modalidade antes de se decidir pela contratação.
Fica evidente como o mercado segurador é carente de informações, mas repleto de oportunidades, concorda? Esses dados foram obtidos por meio da nossa pesquisa, porém, você pode personalizar e obter muitos outros essenciais para o seu mercado específico.
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(foto de capa: Loic Leray)