Apesar da pandemia, o mercado plus size cresceu 10% em 2020, movimentando aproximadamente R$5 bilhões por ano, segundo os dados do relatório da Associação Brasil Plus Size (ABPS). Por outro lado, por mais que esse mercado esteja em crescimento, de acordo com os dados da nossa pesquisa 61% das pessoas gordas concordaram em algum grau que sentem dificuldade para encontrar roupas do seu tamanho nas lojas mais populares.

A falta de personalização de itens de moda é o maior desafio para esse público, que não consegue encontrar produtos que atendam a seu estilo pessoal com facilidade. Uma vez que as principais marcas de moda ainda não atendem completamente essas necessidades, muitos empreendedores estão entrando nesse segmento para atender ao público que busca por mais identidade, personalidade e variedade de modelos.

Fugir do básico é uma demanda que vem tanto dos homens quanto das mulheres gordas, uma vez que ambos os públicos buscam mais autenticidade na hora de escolher seus acessórios de moda. E para atender essas necessidades, as marcas precisam investir cada vez mais em desenvolvimento de linhas e/ou tamanhos mais variados e que atendam em estilo, qualidade e variedade de modelos. Possibilitando assim que cada pessoa gorda tenha a sua disposição peças e acessórios de vestuário que condizem com sua personalidade e necessidades.

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Representatividade importa

Por conta da gordofobia, que é o principal motivo pela falta de produtos que atendam ao público gordo, não é comum encontrarmos nas vitrines das lojas manequins e anúncios que representem essas pessoas. Ainda restritos as lojas especializadas no segmento, quando ocupam outros espaços as representações dos corpos gordos não são vistas com naturalidade por muitos, que acabam reforçando os preconceitos e estereótipos.

Como aconteceu com a Nike que passou a utilizar manequins que representam outros tipos de corpos, que não os padrões utilizados pelas marcas de roupa, em sua flagship em Londres e foi acusada de “promover a obesidade”, quando na verdade estava apenas incluindo as pessoas gordas no contexto de suas lojas.

Em nosso estudo sobre combate a gordofobia, 71% dos respondentes concordaram que as empresas, principalmente do setor de moda e beleza deveriam ser mais atentas à diversidade de corpos de seus modelos e atores em comerciais.

Sendo assim, além de oferecer produtos com mais variedade de modelos e tamanhos, as empresas precisam incluir pessoas com diferentes corpos também em todas as suas formas de comunicação e divulgação dos produtos. Para que as marcas dialoguem e atendam esse público, é preciso conhecê-lo com mais profundidade, entendendo quais são suas reais necessidades e desejos.

Vitrines, manequins e anúncios que representem diferentes corpos são apenas algumas das formas de garantir que essas pessoas se sintam representadas e atendidas por marcas do segmento. A sua marca já faz alguma delas?

Vá além nesse assunto: moda é pertencimento, mas nem todo mundo sente que tem acesso, embora tenha direito. Confira um estudo exclusivo da MindMiners sobre Moda e Inclusão e veja como as marcas podem melhorar a representatividade na moda.