Não é novidade que o mundo está - de forma cada vez mais intensa - em uma crise climática. Por conta de diversos fenômenos, as pessoas estão cada vez mais preocupadas com o futuro do planeta e muitas questões aparecem, afinal, o que podemos fazer para resolver esse problema? Será que ainda há tempo de fazer algo a respeito, e se não, onde iremos chegar?

Segundo a American Psychology Association, a ecoansiedade é o medo crônico de sofrer um desastre ambiental, e ocorre ao se observar o impacto, aparentemente irreversível, das mudanças climáticas. Isso gera uma preocupação associada ao futuro de si mesmo e das gerações futuras.

Para refletir mais sobre esse assunto, a MindMiners conversou com 1.000 pessoas de todos os gêneros, idades, classes sociais e regiões do Brasil para entender mais sobre a ecoansiedade e como ela se manifesta nos brasileiros. Vamos as principais descobertas?

Sem esperanças?


Fortes ondas de calor ou de frio fora do normal, enchentes, incêndios em florestas, e outros fenômenos extremos são representações do desequilíbrio ambiental que o planeta está passando.

Quando perguntamos a opinião dos respondentes sobre o futuro do planeta em até dez anos, 46% acredita que a situação estará bem pior do que atualmente. Dentro deste percentual, 78% dos respondentes afirmam que seus maiores medos sobre o futuro são a destruição ambiental irreversível.  

Outros fatores relevantes que geram esse medo são: falta de alimento para todos (68%), falta de dinheiro e/ou desemprego (67%), problemas de saúde (67%) e crises políticas (50%).

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Essa preocupação sobre a crise ambiental é comum, mas a ecoansiedade faz com que ela se intensifique de acordo com o que vai acontecendo ao nosso redor, além disso, especialistas afirmam que à medida que os problemas relacionados ao clima crescem, o número de pessoas que têm ecoansiedade também aumentará.

Então, como poderemos lidar com isso de forma coletiva?

Canalizando a ecoansiedade em ações pelo meio ambiente

Quando falamos sobre responsabilidade, 72% concorda parcial ou totalmente que sentem que são responsáveis pelo impacto ambiental de suas decisões, isso faz com que diversas ações em prol do meio ambiente sejam realizadas com base na ecoansiedade das pessoas.

Um excelente exemplo de como direcionar a ecoansiedade para ações efetivas é a adoção de dietas vegetarianas e veganas, que possuem como foco o respeito pelos animais e também reduzir o impacto ambiental causado pela produção de carne.

Além de ações individuais, manifestações e protestos pedindo ações eficazes contra o aquecimento global se popularizaram bastante por meio da ativista Greta Thunberg e se espalharam pelo mundo inteiro.

E não para por aí, já que o Acordo de Paris, tratado mundial discutido por 195 países, possui o objetivo de também reduzir o aquecimento global. Mas se engana quem pensa que somente a população e os governos precisam trabalhar para poupar o planeta.

Como as empresas devem agir?

Muitas pessoas acreditam que as marcas devem ter responsabilidade com a causa sustentável, principalmente quando patrocinam grandes festas e eventos, como o carnaval no Brasil. Mas para conquistar grandes avanços, é necessário que essa atitude seja integrada a novos posicionamentos das marcas e tenha objetivos mais claros.

Em busca de reduzir seu impacto ambiental, a Coca-Cola testou este modelo de garrafa que pode ser reciclada como papel.

A Coca-Cola lançou seu primeiro protótipo de garrafa de papel esse ano. Essa mudança faz parte da campanha “Um Mundo sem Resíduos”, onde a Coca-Cola se comprometeu a garantir que todas as suas embalagens sejam recicladas ou reutilizadas até 2030.

Os primeiros testes com a nova embalagem acontecem na Hungria, com o objetivo de descobrir se a empresa é capaz de produzir uma garrafa que possa ser facilmente reciclada como papel. A embalagem foi desenvolvida por meio de uma parceria entre cientistas dos Laboratórios de P&D da Coca-Cola, em Bruxelas, e da The Paper Bottle Company (Paboco).

A tecnologia, que foi criada pela Paboco, é projetada para criar garrafas recicláveis ​​feitas de madeira de origem sustentável e capazes de suportar líquidos, CO2 e oxigênio. A garrafa também foi projetada para ser adequada para outros produtos líquidos, como bebidas sem gás e até produtos de beleza

O objetivo de redução de impacto ambiental é prioridade para a maioria das grandes empresas de todas as indústrias. Este ano a Reebok apresentou uma linha de tênis sustentáveis e anunciou que até 2030, todos os seus produtos terão componentes sustentáveis.

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Como vemos, apenas ações pontuais pensando em causas sociais já não são mais o suficiente, tanto para fidelizar clientes, quanto para poupar o planeta, tudo isso é movido pela ecoansiedade. Já pensou como a sua empresa pode tomar a ecoansiedade como motivação para ajudar o planeta e fidelizar seus consumidores?

A pandemia acabou alterando as rotinas e as decisões de consumo das pessoas em todo o mundo. O desenvolvimento sustentável, o ESG (Environmental, social and corporate governance), o consumo com propósito e consciente entraram na pauta das mídias, das empresas, dos investidores e dos consumidores.

Marcus Nakagawa, também conhecido como prof Naka, fez uma palestra sobre estas temáticas apresentando os resultados de uma pesquisa inédita e exclusiva da MindMiners. Além de dar dicas de como iniciar a busca por um programa de ESG, de marketing mais sustentável e com causa.

Não perca a chance de ficar por dentro desta tendência de comportamento e confira os principais insights do prof. Naka!