A atividade econômica no Brasil passou por muita instabilidade desde o início da pandemia. Ano passado o PIB (Produto Interno Bruto), que registra a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, atingiu seu pior resultado desde a criação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 1996.

Para entender os sentimentos dos brasileiros em relação a queda da economia, temos como base os dados das ondas 28, 29 e 30 do nosso monitoramento de COVID-19, coletados na rede social de opinião MeSeems.

Pouco otimismo


Quando a pauta da conversa é o cenário econômico do país, a maior parte das pessoas demonstram estar muito preocupadas, o que é totalmente justificável considerando que a taxa de desemprego bateu o recorde de 13,5% no ano passado.

Todos acreditam que o cenário não é favorável e ainda irá demorar para ser normalizado. Consequentemente, o comportamento do consumidor em relação a necessidade de economizar aumentou de forma proporcional a crise econômica, afinal, é necessário estar preparado caso a situação piore.
Então por onde as pessoas começaram a cortar seus gastos?

70% das pessoas cortaram seus gastos no último ano

Quando chegou o momento de priorizar e cortar os gastos, diversos itens passaram a ser vistos como desnecessários no ponto de vista dos consumidores, principalmente os serviços.

Considerando os que foram totalmente cortados, percebe-se um foco em serviços relacionados a entretenimento, já que o cancelamento de assinaturas de streaming e de TV a cabo somam a escolha de 32% dos respondentes.

Levando em consideração a crise econômica e o distanciamento social, os serviços que envolviam a presença física dos consumidores foram gravemente afetados, levando o cancelamento de planos em academias ao topo da lista de serviços que mais foram cortados pelos consumidores por conta da crise econômica somada à pandemia. Também vale destacar que 17% optou pelo corte nos gastos com a própria educação, como faculdade, cursos, pós-graduação, etc.

Aqueles que não cancelaram de vez os seus planos de assinatura, optaram por reduzir os gastos relacionados a eles, adotando planos mais simples e com menos vantagens.

Apesar de indicarem cortes de gastos em itens como academia, TV a cabo e educação, os respondentes mostram que novos hábitos foram adquiridos, criando grandes oportunidades para diversos segmentos, sobretudo e-commerces, serviços de delivery e atividades físicas por meio de sessões virtuais.

Tudo voltará ao normal depois da pandemia?

Mais ou menos. Quando questionamos os respondentes se havia pretensão de retomar as despesas que foram cortadas durante a pandemia, 48% afirma que sim, mas que irão retomar apenas algumas delas. Com esse fato, surge a questão:

Quais despesas os consumidores irão priorizar quando forem retomar os gastos?

Essa pergunta tem milhares de respostas possíveis, portanto, é essencial investir em pesquisa de mercado e seus diversos formatos para saber das preferências do seu público e quais serão as prioridades de seus gastos, para que seja possível antecipar as soluções e sanar suas novas necessidades e desejos em cenários futuros.