Além de uma data importante para o comercio, o Natal representa uma das celebrações mais esperadas pelo público brasileiro, que utiliza essa comemoração de origem religiosa para confraternizar com amigos e familiares. Contudo, diante das mudanças estabelecidas desde 2020 por conta da pandemia de COVID-19, tanto no âmbito econômico, quanto nas orientações sanitárias de isolamento social, como ficará a comemoração desse momento tão importante?
Para entender quais são as expectativas de consumo e comemoração do Natal em 2021, a MindMiners conversou com 500 usuários da rede social de opinião MeSeems, entre os dias 29 de novembro e 6 de dezembro de 2021, de todas as regiões do Brasil, faixa etárias, classes sociais e gêneros.
A celebração do Natal
De maneira geral, essa é uma celebração ainda muito presente nas famílias brasileiras. Dentre os respondentes 59% sempre comemora e 24% comemoram às vezes. E entre aqueles que comemoram, 70% afirmam gostar ou gostar muito da data.
O que em partes pode se explicar pela importância religiosa do Natal, uma vez que 54% concordaram totalmente ou parcialmente que essa é uma celebração importante para sua religião. Mas não é só sobre isso, uma vez que 83% concordam totalmente ou parcialmente que esse é um momento de reunir amigos e familiares independentemente da religião.
Principais motivos de quem não comemora:
30% afirmaram não gostar da data;
29% disseram que sua família nunca teve costume de celebrar a data;
24% afirmaram que a data não condiz com a sua prática religiosa.
A compra de presentes
Um dos costumes mais recorrentes nas comemorações de Natal é o hábito de presentear amigos e familiares. Em 2020, o número de pessoas que pretendiam comprar presentes de Natal (43%) havia apresentado uma queda em relação ao ano anterior. Mas em 2021, essa queda não se repete, uma vez que 46% dos entrevistados dos entrevistados pretendem comprar.
Existe também uma parcela significativa de pessoa indecisas, 27% ainda não tinha decidido se iria comprar ou não no período de realização da pesquisa. O que é uma oportunidade para marcas e empresas, uma vez que podem conquistar esses clientes por meio de ofertas e promoção que se tornem atrativas o bastante para que esses consumidores que deixam para tomar uma decisão mais próximo da data, como é o caso de 23% dos respondentes que afirmaram sempre deixar para comprar na última hora.
Principais motivos de quem não irá comprar presentes:
42% disseram não ter costume de comprar presentes nessa data;
33% estão fazendo contenção de despesas;
23% por estar desempregado(a).
Os impactos da crise
Ainda que a taxa de desemprego no país tenha apresentado queda no terceiro trimestre do ano, os impactos da crise ocasionada pela pandemia de COVID-19 ainda parecem ser um impeditivo para que o consumidor invista na compra de presentes.
Entre os respondentes que pretendem comprar presentes para o Natal de 2021, 42% disseram que pretende gastar menos dinheiro comparado ao ano anterior, e esse número sobe para 51% entre os respondentes das classes sociais C, D e E.
Quem vai as compras
Uma vez que o orçamento será reduzido, a escolha de quem serão os presenteados também é fica restrita aos familiares mais próximos.
Os escolhidos para receber presentes:
57% filhos(as);
55% pai/mãe;
53% Namorado(a)/Companheiro(a)/Cônjuge;
37% eu mesmo.
Valores que pretendem gastar com cada um dos presenteados:
48% pretendem gastar mais de R$101,00 com presentes para filhos(as);
46% pretendem gastar entre R$51,00 e R$200,00 com presentes para pai/mãe;
46% pretendem gastar entre R$51,00 e R$200,00 com presentes para Namorado(a)/Companheiro(a)/Cônjuge;
45% pretendem gastar mais do que R$101,00 com seu próprio presente.
Varejo cada vez mais Omnichannel
Quando olhamos para os locais onde os consumidores irão comprar os presentes de Natal em 2021, notamos que o e-commerce se mantem como uma das principais alternativas.
O avanço da adoção desse como um dos principais canais de compra, ocasionada principalmente pelas restrições da pandemia, agora pode ser visto como algo já está consolidado entre os brasileiros.
56% irão comprar em sites/e-commerce;
49% irão comprar em shoppings;
48% irão comprar em lojas de rua;
11% irão comprar por redes sociais.
Uma vez que os consumidores estão cada vez mais propenso as compras por mais de um canal, é importante que marcas e empresas entendam cada vez mais esses novos hábitos de consumos e comportamentos que são tendência. Os impactos da crise ainda são visíveis, mas os consumidores estão dispostos a continuar consumindo em momentos de celebração, mesmo que gastando menos.
Veja como se preparar para o futuro do varejo e para os novos hábitos dos consumidores!