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Natal 2019 - Hábitos de consumo dos brasileiros

Embora sua base e origem sejam religiosas, o Natal enquanto celebração ganhou outros significados mais amplos ao longo dos anos e conseguiu se manter presente entre a maioria das famílias.


Escolher presentes, montar a árvore, tirar foto com o Papai Noel, realizar a ceia e almoçar em família são algumas tradições dessa época do ano, mas como será que o brasileiro se prepara para cada uma dessas atividades?

Com objetivo de entender quais são os hábitos de compra dos brasileiros em relação às comemorações de Natal, a MindMiners entrevistou 500 usuários da rede social de opinião MeSeems entre os dias 06 e 12 de dezembro de 2019, de todas as regiões do Brasil, faixa etárias, classes sociais e gêneros.

Photo by Rodion Kutsaev / Unsplash

A celebração

Comemorar o Natal ainda é um ato muito presente na vida dos brasileiros: 70% dos respondentes afirmaram sempre comemorar a data. Contudo, 63% concordaram em algum grau com a afirmação “As tradições de Natal da minha família mudaram ao longo dos anos”, indicando assim que, para a maior parte dos brasileiros, essa é uma data que vem ganhando outros significados e costumes.

Data comercial, reunião familiar ou comemoração religiosa?

Um pouco de todas as opções.

Embora muito se fale sobre a data se tornar algo estritamente comercial, o princípio religioso ainda é muito presente entre os brasileiros. Para a maior parte dos respondentes (58%) essa é uma data importante para sua religião. Por outro lado, ela não se restringe apenas a esse caráter, pois 86% concorda com a afirmação: "O Natal é um momento de reunir amigos e familiares independentemente da religião".

Ainda assim, uma das formas de comemorar a data com amigos e familiares é através do viés comercial, uma vez que 55% pretendem comprar presentes neste ano para a celebração.

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Presentear

Uma das tradições mais comuns do Natal no Brasil é a compra/troca de presentes. Seja por meio de amigo secreto/oculto ou entrega direta, 55% dos respondentes pretendem presentear durante a comemoração desse ano. Existem também 18% que ainda não decidiu se vai ou não comprar presentes.

Por outro lado, mesmo ainda mantendo o interesse em presentear, ao que tudo indica, os consumidores estão em busca de uma economia neste ano. Em relação ao ano anterior (2018), apenas 30% pretende gastar mais dinheiro com presentes.

Entre aqueles que não pretendem comprar presentes para o Natal de 2019, o principal fator foi o desemprego, motivo relatado por 26%.

Para quem comprar presentes:

53% pai/mãe;
59% namorado(a)/companheiro(a)/cônjuge;
55% filhos;
40% eu mesmo(a).

O que escolher para cada presenteado:

Quanto ao tipo de presente que pretendem comprar, o maior interesse está na categoria "roupas". Apenas filhos e sobrinhos ganharão mais presentes de outras categorias.

Eu mesmo(a): roupas (47%)
Pai/mãe: roupas (31%)
Sogro(a): roupas (36%)
Namorado(a)/companheiro(a)/cônjuge: roupas (33%)
Filhos: brinquedos (42%)
Irmãos(ãs): roupas (20%)
Tios(as): roupas (33%)
Avôs: roupas (29%)
Sobrinhos: brinquedos (43%)
Amigos: roupas (21%)
Colegas de trabalho: roupas (23%)

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O preço como um fator relevante

A escolha do presente é um equilíbrio entre preço e qualidade. Os respondentes que levam em consideração o preço como um dos principais fatores na escolha de um presente de Natal também avaliam descontos/promoções (37%) e qualidade do produto (32%) antes de efetivar a compra.

Apenas 26% dos respondentes considera que o perfil do presenteado seja um fator decisivo na escolha do presente.

Para alguns consumidores vale até deixar a data passar para comprar presentes e aproveitar momentos em que o comercio está com oportunidades melhores. 3% dos respondentes preferem esperar as promoções de janeiro e 9% aproveitam a Black Friday.

Além do caráter familiar da comemoração, o fator econômico pode estar contribuindo para uma seleção mais rigorosa de quem será presenteado ou não, uma vez que os principais escolhidos para receber presentes são familiares próximos.

A ceia

Esse é um dos momentos mais tradicionais do Natal. Entre os respondentes que comemoram a data, 85% tem o costume de realiza essa refeição.

Durante a organização desses momentos direcionados para a alimentação, os homens ainda participam menos do preparo dos alimentos, apesar de serem sempre muito presentes nas decisões de compra. Apenas 32% dos homens participam do preparo de alimentos e 52% são decisores das compras. Já entre as mulheres, 54% participam do preparo e 70% são decisoras das compras.

O preço novamente é decisivo

Assim como durante a escolha de presentes, o preço entra como um fator importante na compra de alimentos. 56% dos respondentes decisores de compra pesquisam o preço de todos os itens com antecedência e aguardam o melhor momento para compra. 27% pesquisa em um único dia, mas em locais diferentes as melhores ofertas.

Onde as pesquisas de preço são feitas:

60% folhetos impressos;
57% sites das lojas e supermercados;
44% anúncios na TV aberta ou fechada;
38% aplicativos de desconto;
37% redes sociais.

Nessa busca por melhores ofertas, os varejistas maiores parecem oferecer as melhores oportunidades de compra. Supermercados (81%), hipermercados atacadistas (65%) e mercados de bairro (36%) são os locais mais procurados pelos responsáveis das compras de alimentos e bebidas.

9% dos respondentes afirmou que também realiza compras de alimentos e bebidas pela internet para essa ocasião.

O que não pode faltar na mesa

Na escolha do que preparar/comprar/consumir, os respondentes ainda preferem os alimentos e bebidas mais tradicionais para essa época.

Principais carnes preparadas para as refeições de Natal:

63% chester;
52% pernil;
50% peru.

Principais doces consumidos no Natal:

80% panetone;
63% chocotone;
48% bombons.

Principais bebidas consumidas no Natal:

83% refrigerantes;
60% suco natural;
52% bebidas alcoólicas.

Principais bebidas alcoólicas consumidas no Natal:

81% vinho;
78% cerveja;
58% champanhe.

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Amostra da pesquisa: