De acordo com um estudo realizado pela Business Insider Intelligence, o investimento global em influenciadores digitais pode chegar até 15 bilhões de dólares em 2022. Mas o que é de fato o marketing de influência e como ele pode ser aplicado para sua marca? Em busca dessas respostas, a MindMiners desenvolveu um estudo, em parceria com a Youpix, para entender qual a relação dos brasileiros com os influenciadores digitais e quais são as oportunidades para as marcas que desejam implementar ou ampliar essa estratégia de comunicação.
O estudo foi realizado em setembro de 2021, através do painel de respondentes exclusivo da MindMiners, o MeSeems, e contou com a participação de 1.000 entrevistados de todos os gêneros, idades, classes sociais e regiões do país.
Mas o que é ser um influenciador digital?
Não é sobre números.
“Influencia é sobre a capacidade de fazer uma mensagem circular dentro de um determinado grupo.”
A partir desta definição estabelecida pela Youpix sobre o que é de fato um influenciador digital, podemos entender que a capacidade de modificar e incentivar comportamentos é o principal atributo para que uma figura pública possa ter para ser considerada de fato como influenciador(a).
Assim sendo, o poder de influência vai além de métricas como o número de seguidores em uma rede social, por exemplo. Nesse caso muito mais importante que o influenciador tenha de fato um conteúdo que conquiste e exerça uma voz ativa perante a determinado grupo de pessoas.
O que o consumidor pensa sobre tudo isso?
O termo influenciador digital já faz parte do cotidiano dos brasileiros. Entre os entrevistados do estudo, 86% das pessoas afirmaram já saber o que essa expressão significa.
Mas por outro lado, apenas 40% declarou ter um influenciador digital favorito. Ou seja, essas personalidades já estão na mente dos consumidores, mas ainda há um espaço muito grande para conquistar ainda mais a simpatia, afinidade e admiração.
De qualquer forma, o poder de influência existe e já é uma realidade para os consumidores brasileiros, uma vez que 44% concordam em algum grau com a afirmação: “Eu confio na opinião de influenciadores sobre produtos e marcas.” e 41% ficaram neutros, nem concordaram e nem discordaram.
Além disso, 56% ainda afirmou que se comprasse um produto que não fosse bom, ainda assim continuariam confiando nas recomendações dos influenciadores. E apenas 27% disseram se incomodar quando um influenciador faz um post patrocinado.
O poder do marketing de influência
Como já vimos, o consumidor existe uma confiança do público em relação aos produtos e serviços recomendados por influenciadores, o que permite as marcas utilizar dessa credibilidade e confiança já estabelecida para se comunicar e conectar com perfis de consumidores desejados.
De acordo com os entrevistados, 44% já comprou algum produto ou serviço com base na recomendação de um influenciador. E entre eles, 91% afirmaram que produto/serviço adquirido superou suas expectativas.
Para os influenciadores esse é um indicador positivo perante a sua audiência, uma vez que estão conseguindo de fato conectar seu proposito e conteúdo as marcas e produtos que estão divulgando. E para as marcas essa é uma oportunidade de estabelecer esses mesmos vínculos se associando a personalidades que tenham sinergia com seu posicionamento e produtos.
A fórmula do sucesso
Não existe um único caminho para que as marcas trabalhem com influenciadores digitais. Mas alguns fatores são imprescindíveis para empresas que desejam aplicar estratégias de marketing de influência. Vamos aos pontos chave:
Autenticidade e sinceridade
A audiência dos influenciadores não espera por um padrão de publicidade tradicional. 57% dos entrevistados do estudo afirmaram que os publis dos influenciadores seriam melhores se o produto fosse provado/testado durante a divulgação.
Ou seja, por mais que o consumidor tenha ciência de que o influenciador está sendo pago para falar de um produto/serviço, é esperado que haja sinceridade no momento da divulgação e que seja mostrado na prática quais são os benefícios reais oferecidos.
Além disso, quando perguntados como se sentiriam caso descobrissem que um influenciador foi pago para falar sobre uma marca/produto sem identificar isso como um anúncio, a maior parte disse que se sentiria enganado(a).

O formato importa
Um vídeo diz mais que 140 caracteres (e uma imagem). Como falamos anteriormente, muito mais que falar, é preciso mostrar de fato um produto/serviço na prática. Por isso, entre os formatos preferidos de publis estão os stories (41%), vídeos com mais de 60 segundos na timeline (26%) e vídeos de até 30 segundos na timeline (24%).
Por outro lado, ainda que a exposição da utilização do produto seja importante, é preciso observar que muitas vezes a mensagem do anúncio precisará ser passada rapidamente e captar a atenção do público em poucos segundos, uma vez que entre os formatos preferidos estão os vídeos curtos, com duração até 60 segundos.
Nem tudo que reluz é ouro
Como já vimos, não é o melhor caminho para as marcas escolher influenciadores apenas com base em números de seguidores. A identificação entre o conteúdo produzido e os valores da marca são essenciais para que haja sinergia e que seja uma demonstração mais próxima a realidade de um consumo cotidiano, o que trará aos consumidores a confiança necessária para confiar na recomendação.
Portanto, existe um(a) influenciador(a) para cada objetivo de campanha. Há casos que a marca precisará investir em personalidades com alcance, para garantir a visibilidade da sua campanha dentro de um nicho de consumidores. Já em outros momentos, a influência exercida e a capacidade de incentivar o consumo, serão os fatores mais importantes, e que não necessariamente estarão ligados a grande quantidade de seguidores.
O importante é que as marcas saibam identificar e delimitar corretamente os objetivos da sua estratégia, e antes de colocar seu plano em ação, validem com o público-alvo quais são as personalidades que mais se encaixam para cada situação e que serão capazes de oferecer resultados positivos esperados pela marca.
Quer continuar se aprofundando na relação dos brasileiros com os influenciadores digitais? Acesse o report completo da pesquisa!