Lanche é uma palavra nostálgica. Me diz aí se você não foi automaticamente transportada (o) para o recreio da escola, hein? E quando falamos em lanches (ou snacks), a verdade é que essa rotina — que começa lá na infância — continua sendo parte fundamental das nossas vidas, apesar da correria do mundo adulto.
De maneira geral, podemos considerar que o ato de lanchar acontece, principalmente, em dois momentos do dia: 1) entre o café da manhã e o almoço, e 2) entre o almoço e o jantar. Ah, saiba que nem todo brasileiro realiza todas essas refeições, mas isso a gente te conta daqui a pouco.
Sob o ponto de vista do consumidor, a escolha de um lanche envolve diversas variáveis, como praticidade, preço e, para alguns, saudabilidade. Isso porque os snacks são, muitas vezes, apontados como vilões da boa alimentação e/ou da dieta.
Porém, especialistas estimam que o nicho de lanches considerados mais saudáveis vá crescer, e o consumo dessa categoria, a nível mundial, deve movimentar US$ 32.3 bilhões até 2025.
Esse aumento teve início a partir da vinda da pandemia de covid-19, período em que a procura por snacks cresceu mais de 700%, de acordo com matéria veiculada na Food Connection.
Diante desse cenário, resolvemos ajudar aqueles que desejam ser bem-sucedidos na missão de conectar-se com o seu consumidor, já que o desafio está em entender melhor a jornada de compra de um snack, os drivers de escolha e momentos de consumo.
E é exatamente esse o objetivo do nosso estudo original sobre Snacks em 2022. A MindMiners ouviu 1.000 pessoas, com mais de 18 anos, de todos os gêneros e classes sociais, que integram o nosso painel de respondentes: o MeSeems. As entrevistas foram realizadas em nossa plataforma de human analytics.
Neste estudo, trouxemos dados aprofundados sobre o tema, além de uma gama de informações complementares sobre os hábitos alimentares dos brasileiros: o que comem; em quais momentos do dia; a frequência; os motivos que levam a pular refeições; as preocupações em relação à qualidade dos alimentos e com a saúde física, a relação com as marcas e muito mais.
Que tal pegar um snack e conferir alguns dos nossos achados?
Snacks: o que são? Onde vivem? Como se reproduzem?
Os lanches ou snacks são aqueles alimentos rápidos, de pequenas porções, que podem ser preparados ou comprados prontos, como as barrinhas de cereais, biscoitos, pipoca e outros itens industrializados.
Diante da correria do trabalho e dos estudos, às vezes, essa é a opção encontrada também para substituir o almoço ou o jantar.
De maneira geral, podemos considerar que a categoria de snacks é constituída por oito subcategorias, são elas:
1) biscoitos salgados;
2) biscoitos doces;
3) nozes, castanhas e mixes em geral;
4) chips e salgadinhos;
5) pipoca;
6) barrinhas de cereais;
7) snacks de frutas e
8) pretzels.
Sim, pipoca é considerada lanche — pelo menos segundo as fontes que utilizamos neste estudo. Entendemos também que algumas outras categorias não são tão comuns ainda no Brasil, como é o caso dos pretzels.
Como as pessoas se alimentam?
O café da manhã, o almoço e o jantar são as refeições que a maioria das pessoas fazem durante o dia. As intermediárias, como o lanche da manhã e da tarde, são pouco realizadas, principalmente no primeiro horário.
Além disso, a frequência não é tão alta: apenas 6 em cada 10 pessoas declaram lanchar todos os dias.
E o que comem?
Os alimentos mais consumidos no lanche da manhã e da tarde não se apresentam como snacks. A mesa geralmente é composta por pão, café e frutas. Por isso, há uma grande parcela de pessoas (74%) que costumam preparar seus lanches em casa; enquanto 17% dizem comprar snacks industrializados.
Em ambos os lanches, alimentos como mix de sementes, biscoito de arroz, barras de cereal, frutas secas ou desidratadas, entre outros considerados como snacks, aparecem no fim da lista.
O que dizem aqueles que não têm o hábito de lanchar?
Grande parte diz não sentir fome. Mas é possível observar algumas diferenças, como: de manhã há a preocupação em não atrapalhar a hora do almoço, e na parte da tarde é mencionada a falta de tempo e a economia de gastos.
Lanche saudável: existe mesmo?
Você viu que existem sim, opções de snacks saudáveis, certo? Mix de frutas, castanhas e oleaginosas são algumas delas. Porém, ser saudável é uma meta de vida? A resposta é: não para todos.
Fizemos um comparativo com nosso estudo de 2019 e, nessa época, de acordo com os respondentes:
Ser saudável é sinônimo de se alimentar bem. A segunda posição aqui fica com a prática de atividades físicas.
51% se considerava em uma zona de neutralidade quando o assunto é saudabilidade. Ou seja, não são muito saudáveis, mas também não são nada saudáveis.
23% estavam insatisfeitos com seus níveis de saúde. Enquanto 36% não estavam nem satisfeitos, nem insatisfeitos.
Já em 2022, os dados revelam que a maioria das pessoas busca ter um certo equilíbrio entre ter e não ter uma alimentação saudável.
Considerando os últimos 12 meses, 33% dos respondentes disseram que a alimentação deles passou a ser mais saudável. Isso revela um movimento interessante e que deve ser observado de perto!
Esses dados também nos levam a entender que ainda há muito espaço para as marcas que buscam se posicionar junto à saudabilidade, uma vez que
apenas 1/3 dos entrevistados acreditam que é fácil achar opções de snacks saudáveis e que sejam de confiança.
Atenção, marcas!
Veja que curioso: ao escolher um snack/lanche, os respondentes dizem levar em consideração:
- Sabor
- Praticidade
- Saciedade
- Ingredientes
- Preço
- Saudabilidade
- Marca
Marca é o último fator de importância,segundo os respondentes. Por isso, a categoria precisa entregar ainda mais sabor e praticidade, a fim de chamar a atenção dos consumidores. Ao oferecer sabor, qualidade e praticidade, automaticamente, a marca será reforçada na mente do consumidor.
Essa é só uma parte do nosso estudo original. Para conhecer a fundo esses e outros fatores que impulsionam o setor e quais tendências estão transformando nossos lanchinhos, acesse o relatório completo! É só clicar abaixo!
Conferir mais dados!