A (con)vivência nas cidades

Quais são as opiniões dos brasileiros sobre habitação e mobilidade urbana? Identificamos hábitos, necessidades e preferências que podem ajudar marcas deste setor.


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A (con)vivência nas cidades

A nossa existência segue um padrão básico: nascer, crescer e morrer. Durante essa trajetória, há uma busca constante por condições que nos permitam ter uma maior qualidade de vida.

Entre elas, inclui-se a possibilidade de construir um lar seguro e confortável, morar em um bairro tranquilo e com boa infraestrutura, além de ter acesso a diferentes tipos de transporte de forma eficiente. Entretanto, infelizmente sabemos que essa é uma realidade um pouco distante para grande parte das pessoas que vivem no Brasil.

Ainda há muitos desafios a serem enfrentados, mas com o apoio das empresas e das instituições públicas é possível garantir que as necessidades da população sejam minimamente atendidas.

Tendo em vista este cenário tão importante, a MindMiners desenvolveu um estudo completo com o objetivo de identificar as principais dificuldades e preocupações das pessoas em relação a habitação e mobilidade, bem como suas preferências e interesses.

Para isso, ouvimos 2 mil pessoas, com mais de 18 anos, de todos os gêneros e classes sociais, que integram o nosso painel de respondentes: o MeSeems. As entrevistas foram realizadas em nossa plataforma de human analytics.

Quer saber um pouco mais sobre o que você poderá encontrar em nosso relatório completo? Veja aqui alguns destaques:

O sonho da casa própria: mito ou verdade?

Verdade. Para 72% dos entrevistados ter um imóvel próprio é muito importante e essa percepção é maior entre os grupos mais velhos:
81% Boomers | 81% Geração X | 70% Geração Y | 62% Geração Z

No entanto, embora os jovens possam ter menos interesse, 3 em cada 5 valorizam a ideia de ter um imóvel próprio. Isso não exclui o fato de que, no futuro, essa opinião possa mudar, obrigando as marcas a se adaptarem ao surgimento de novos interesses. Sendo assim, é importante que o mercado fique atento ao comportamento das diferentes gerações.

Atualmente, 68% das pessoas vivem em um imóvel próprio, 24% dizem morar de aluguel e 8% estão em um imóvel cedido/ emprestado.

Os principais motivos que os levaram a comprar

  • 42% ter um imóvel próprio era um sonho de consumo
  • 34% queriam ter um bem que ninguém pudesse tomar depois
  • 27% queriam se fixar em algum lugar
  • 25% queriam ter a liberdade para decorar e reformar do jeito que gostariam
  • 20% já tinham um dinheiro guardado que possibilitava a entrada

Os principais motivos que os levaram a alugar

  • 39% não tinham dinheiro para dar de entrada na compra do imóvel
  • 31% não tinham renda suficiente para fazer o financiamento do imóvel
  • 15% não queriam assumir uma dívida grande a longo prazo
  • 14% avaliaram que o valor do aluguel era inferior ao do financiamento e que poderiam usar a diferença para outros fins
  • 13% queriam fazer uma boa reserva para poder comprar o imóvel à vista

Claro que há outras condições que podem influenciar na escolha, como o estilo de vida, mas de fato vemos um interesse maior pela “casa” própria e as questões financeiras sendo o grande empecilho para alcançar esse objetivo. Pensando nisso, é possível oferecer mais vantagens financeiras e menos burocracias? Como as marcas estão se posicionando? As ações são realmente efetivas?

A escolha do imóvel

Não é tão simples escolher um imóvel. Há uma infinidade de variáveis a considerar, como o preço, tamanho, segurança, localização, estética e muitos outros fatores. Às vezes, por conta do atual momento de vida, a moradia acaba não sendo exatamente como sempre se desejou. Sacrifícios podem ser necessários, como ter uma casa espaçosa, mas sem a garantia de segurança ou morar em um bairro mais bem localizado, porém vivendo em um apartamento pequeno. O ponto crucial é: como trazer soluções para as principais queixas dos moradores?

Hoje, 63% das pessoas estão satisfeitas com os seus imóveis - com um destaque maior para quem é proprietário.

Casa inteligente

Outro ponto que não poderíamos deixar de abordar dentro do tema de habitação é a casa inteligente que cada vez mais tem se tornado uma realidade para algumas pessoas, principalmente com a chegada de dispositivos como Alexa e Google Home.

Photo by benceboros / Unsplash

Atualmente, menos da metade dos respondentes possui algum item smart home, mas 74% se interessam pela automatização de suas casas.

Portanto, o mercado ainda tem muito a crescer!

A importância do planejamento urbano

E quanto aos bairros, as pessoas estão satisfeitas? 61% responderam que sim.

Outro dado interessante é que os entrevistados atribuem às marcas a mesma responsabilidade que dão ao governo em relação à manutenção dos espaços públicos.

“O espaço público é responsabilidade do governo/ estado (segurança/ zeladoria, etc)”

  • 63% Concorda
  • 27% Não concorda e nem discorda
  • 10% Discorda

“As marcas deveriam fazer parcerias com o estado para cuidar do espaço público”

  • 66% Concorda
  • 26% Não concorda e nem discorda
  • 8% Discorda

Em relação à segurança, metade das pessoas consideram seus bairros relativamente seguros. E quando se trata do medo de andar em espaços públicos, especialmente à noite, as mulheres são as que mais temem.

Por último, foi observado que uma boa parcela das pessoas têm perto das suas residências a maioria dos serviços essenciais, como padarias, farmácias, supermercados e mercados locais, no entanto há uma escassez de opções de lazer próximas, como shoppings, parques, ciclovias, espaços culturais, entre outras - algo bastante sentido pela população, que gostaria de ter mais acesso a esse tipo de oferta.

Considerando a importância que a sociedade atribui às marcas em relação a essas questões, seria interessante que elas realizassem ações que possam proporcionar um maior acesso à cultura e que estimulem a circulação de pessoas em regiões mais isoladas e pouco movimentadas - neste último caso, aumentando a sensação de segurança. O setor público e privado devem se unir para desenvolver soluções que reduzam essas lacunas mencionadas acima.

Mobilidade urbana

Qual seria o cenário ideal da mobilidade? Alguns elementos são fundamentais, como os deslocamentos inteligentes, transportes coletivos eficientes e locomoções sustentáveis. Este estudo busca compreender se estamos caminhando em direção a esse ideal, abordando tópicos como a circulação a pé, uso e compra de veículos motorizados, uso de transportes públicos e compartilhados, consumo de combustíveis “verdes”, entre outros.

Photo by michael_marais/ Unsplash

Embora o andar a pé seja o modo mais interessante, devido ao menor impacto no trânsito, no meio ambiente e no “bolso”, ainda há muitos desafios. Atualmente, mais da metade das pessoas realiza atividades a pé ao menos duas vezes por semana, mas 41% não acredita que a cidade priorize os pedestres, isto é, faltam ruas largas, sinalização, boa iluminação, comércios e serviços que auxiliem na sensação de segurança. Além disso, 39% dos entrevistados consideram que a infraestrutura para pessoas com mobilidade reduzida é insuficiente.

Como incentivar mais as caminhadas e outros modelos de locomoção alternativos?

Próximos passos

O estudo deixa claro que, com as rápidas mudanças pelas quais o mundo vem passando, novas necessidades e interesses surgem. Abre-se um leque de possibilidades, afetando o nosso modo de viver, de trabalhar, de estudar e de se deslocar. As pessoas buscam por liberdade em diversos sentidos, como maior espaço e privacidade para morar, segurança no entorno de suas casas/ espaços públicos e opções diferentes de locomoção que possam melhor atender às suas necessidades.

Não só isso, como temos uma tecnologia cada vez mais inserida na vida das pessoas - no trabalho, na mobilidade, em casa e em tantas outras coisas -, o uso dessas novidades vêm mudado a forma com a qual nos relacionamos com o mundo e também a maneira que consumimos.

Há muitas novidades no mercado de habitação e mobilidade, como os carros elétricos, os transportes compartilhados e as casas automatizadas e sustentáveis. Apesar de terem o propósito de facilitar a rotina, gerar menos custos e de proteger o meio ambiente, nem sempre são opções consumidas pela população.​

Diante de todas essas informações, como as marcas devem agir? Convidamos você a conferir o nosso relatório completo, que contém diversas descobertas e insights.

Clique aqui e baixe o estudo agora mesmo



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