Em meio a tantas expectativas para retomada do comércio após meses de fechamento e funcionamento limitado por conta da pandemia de COVID-19, a Black Friday chegou com o intuito de promover uma recuperação das vendas.
Para entender quais eram as expectativas do consumidor antes dessa data, fizemos um estudo prévio de intenção de compras para Black Friday. Agora, voltamos a conversar com os brasileiros para entender quais foram as principais percepções em relação às ações promocionais realizadas nessa data.
Conversamos com 500 pessoas de todas as regiões, faixas etárias e das classes A, B e C, entre os dias 28 de novembro e 1 de dezembro de 2020, por meio da nossa rede social de opinião, o MeSeems.
O saldo geral da Black Friday
Entre as principais descobertas está o fato de que essa data continua sendo lembrada pelo consumidor, uma vez que 76% realizaram pelo menos uma pesquisa de produto/preço durante a realização da ação. Por outro lado, o fator pandemia impacta na forma como os consumidores realizam suas pesquisas e compras.
O e-commerce ainda é a principal alternativa
Assim como declararam anteriormente, os consumidores optaram por utilizar os canais digitais para suas pesquisa e compras na Black Friday.
45% dos respondentes pesquisaram produtos e preços apenas pela internet (considerando sites, aplicativos, redes sociais e aplicativos de delivery), e somente 8% pesquisou exclusivamente em lojas físicas. A efetivação das compras seguem esse mesmo padrão, pois entre os que compraram 32% fizeram exclusivamente pelas lojas online e 10% por lojas físicas.
Os descontos que valem (ou não) a pena
Quando abordamos preço e descontos oferecidos, o que observamos é uma decepção por parte dos consumidores. A maior parte (53%) classificou os descontos como muito ruins ou ruins. Na comparação com a mesma data do ano anterior (2019), 55% consideram que os descontos oferecidos em 2020 foram piores ou muito piores.
Entre as categorias de produtos, os eletrônicos (televisão, aparelho de som), eletrodomésticos (fogão, geladeira, máquina de lavar, etc) e equipamentos de informática (Ex: Computadores, tablets etc), que geralmente são os mais preferidos para compra nessa data, foram aqueles que o consumidor considerou com preços menos atraentes. Pensando de maneira mais geral sobre equipamentos eletrônicos, apenas os de telefonia (celulares e smartphones) foram considerados com preços melhores.
Já as roupas, que não faziam parte das categorias mais desejadas para a Black Friday, se mostraram como a melhor compra para esse período: 26% apontou que roupas/acessórios estavam com preços mais atraentes.
O que valeu o investimento
Mesmo com a impressão de que os descontos não estavam tão atrativos quanto dos anos anteriores, o consumidor ainda assim decidiu fazer compras durante essa data.
51% dos respondentes fizeram pelo menos uma compra na Black Friday 2020.
Entre as categorias, o maior destaque fica para roupas e acessórios de moda, que além de oferecerem os melhores descontos de acordo com a opinião dos consumidores, foi também a categoria mais comprada.
27% compraram roupas/acessórios de moda;
18% compraram itens de beleza e/ou saúde;
17% itens de telefonia (celulares/smartphones);
16% eletrodomésticos (Ex: fogão, geladeira, máquina de lavar, etc);
16% itens de Informática (Ex: Computadores, tablets etc).
De maneira geral, a Black Friday 2020 reafirma a tendência das compras online e ainda se demonstra uma data importante para o consumidor, que mesmo entendendo que os descontos poderiam ter sido melhores, ainda se dispôs a fazer compras durante esse período.
E sua marca/empresa conseguiu aproveitar a data para retomar as vendas? Os resultados foram positivos?