Sexo sem tabus

O sexo vai além do prazer; é uma questão de saúde pública. Mas como podemos dialogar sobre esse tema que é tão rodeado de tabus? Esse desafio não se limita apenas ao governo, mas também às marcas. Ambos desempenham um papel fundamental nessa transformação.


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Sexo sem tabus

Falar sobre sexo é delicado em qualquer sociedade do mundo. No Brasil, esse tema ainda causa constrangimento, o que dificulta o diálogo entre as pessoas. Embora tenhamos progredido em relação ao passado, ainda há espaço para evolução.

Mas por que é tão importante falar abertamente sobre sexo? Porque vai além do prazer; envolve saúde física e mental. O sexo está ligado ao autoconhecimento, à libertação, à autoestima e à confiança.

Fortalece laços emocionais e contribui para uma boa qualidade de sono, alívio do estresse, melhora do sistema imunológico e cardiovascular.

Sem contar que o diálogo é fundamental para aprender a se proteger de abusos, doenças e gravidez indesejada. Portanto, jamais o sexo deve ser um tabu.

Nesse contexto, as marcas desempenham um papel crucial. Elas têm o poder de quebrar barreiras e promover a educação e o bem-estar sexual. Além de informar, podem assumir a responsabilidade de trazer em suas campanhas mais diversidade de pessoas para que estas se sintam incluídas e representadas nesse contexto.

O que tem sido feito? E o que mais pode ser feito?

Tendo em vista este cenário tão importante, a MindMiners desenvolveu um estudo completo com o objetivo de identificar comportamentos, percepções e interesses em relação ao tema que podem ajudar as marcas e instituições públicas em suas estratégias de marketing e de comunicação.

Para isso, ouvimos 2 mil pessoas, com mais de 18 anos, de todos os gêneros e classes sociais, que integram o nosso painel de respondentes: o MeSeems. As entrevistas foram realizadas em nossa plataforma de human analytics.

Quer saber um pouco mais sobre o que você vai encontrar em nosso relatório completo? Veja aqui alguns destaques:

O sexo sempre esteve e sempre estará presente na vida de todos nós

70% dos respondentes consideram o sexo importante e 59% estão satisfeitos com a vida sexual que levam.

Em nossa pesquisa, vimos também que 76% das pessoas se dizem sexualmente ativas. Esse percentual é significativamente maior entre aquelas que estão atualmente em um relacionamento (93%) e muito menor entre as que não têm um parceiro fixo (52%).

O fato de serem sexualmente ativas não significa que costumam ter muitos parceiros sexuais ao longo da vida:

. 41% revelaram ter tido até três;

. 25% entre 4 e 10;

. 12% não souberam responder.

Porém, para a maioria das pessoas o primeiro contato com o sexo começou desde muito cedo:

  • 18% Menos de 16 anos
  • 35% Entre 16 e 18 anos
  • 33% Entre 19 e 25 anos
  • 8% Entre 25 e 30 anos
  • 6% Depois dos 30 anos

Educação sexual para todas as idades

Com a presença da internet, não é mais possível ter controle total sobre o conteúdo que chega aos filhos. Portanto, é fundamental que a conversa sobre sexualidade comece desde muito cedo, uma vez que o primeiro contato ocorre já “precocemente”.

No entanto, é necessário que esse diálogo aconteça de forma transparente, para que eles recebam a mensagem correta e necessária. Aliás, para 59% da amostra faltam informações verdadeiras e honestas sobre sexo e para 74% falar sobre sexo é uma questão de segurança.

De acordo com os nossos entrevistados, os primeiros canais em que obtiveram informações sobre o tema foram:

  • 30% amigos
  • 30% escolas
  • 27% familiares
  • 26% internet
  • 17% cônjuges/parceiros(as)/namorados(as)

Entretanto, para eles, o principal responsável pela educação sexual são os pais. Porém, de maneira contraditória, observamos que os familiares são as últimas pessoas com as quais eles se sentiriam à vontade para falar sobre o assunto.

Image by Freepik

Isso ressalta ainda mais a importância de uma educação mais impessoal, promovida pelas escolas, governo e marcas. Como isso pode ser realizado de forma natural, quebrando estigmas e fornecendo informações importantes e necessárias para a sociedade, como a saúde sexual?

Vida sexual: cuidando do corpo e da mente

Conhecer o próprio corpo e cuidar da saúde mental são dois elementos essenciais para alcançar uma vida sexual plena e satisfatória. É necessário compreender melhor as preferências e desejos, além de cuidar das questões emocionais que podem afetar significativamente o desejo sexual, tais como estresse, ansiedade e depressão.

Inclusive, 9 em cada 10 pessoas acreditam que a masturbação ajuda a conhecer o próprio corpo. Mas apenas 43% têm o hábito de se masturbar - prática realizada com maior frequência pelo público masculino.

Outro dado que chamou a atenção foi que 53% dos respondentes acreditam que sua saúde mental impacta diretamente no desejo sexual. Portanto, esse é um tema que também precisa ser priorizado.

Por último, é fundamental conscientizar as pessoas sobre a importância de realizar consultas médicas regularmente para verificar sua saúde sexual e tratar possíveis problemas a tempo, evitando que se tornem graves.

Apenas 36% das pessoas têm o costume de visitar regularmente o médico para cuidar da saúde sexual. Quanto à frequência, 53% realizam consultas médicas a cada 6 meses a 1 ano. No entanto, 38% admitiram não ter o hábito de buscar assistência médica nesse aspecto, com destaque para o grupo masculino e a geração Z.

Além disso, é preocupante constatar que apenas 34% das pessoas costumam fazer exames para identificar possíveis Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Diante desses dados alarmantes, como abordar o tema, especialmente com grupos que demonstram maior resistência, como o masculino e as gerações mais jovens?

Próximos passos

O estudo deixa evidente a grande necessidade de informação, uma vez que o assunto ainda é considerado tabu. É fundamental estimular a conversa, normalizar o tema e destacar sua importância, especialmente no que diz respeito à segurança. Aliás, a segurança é a palavra-chave.

Segurança para sermos quem quisermos ser, segurança em relação à nossa autoimagem, segurança em relação à nossa saúde e segurança em relação aos nossos corpos. É por isso que reforçamos a mensagem de que o sexo é muito mais do prazer!

Além disso, é crucial que o tema seja abordado de forma inclusiva, considerando os diferentes públicos: gêneros, gerações, classes sociais e tantos outros perfis que vão além do demográfico. Estamos falando de indivíduos com necessidades, interesses e comportamentos distintos, mas que precisam ser integrados e se sentir representados.

Diante de todas essas informações, como as marcas devem agir? Convidamos você a conferir nosso relatório completo, que apresenta diversas descobertas e insights relevantes.

Clique aqui e baixe o estudo agora mesmo



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