Por conta do cenário econômico instável gerado pela inflação, o comércio tinha um grande desafio na Black Friday de 2021. Mesmo assim, os consumidores até tinham boas expectativas para a data, já que, segundo a nossa pesquisa de pré Black Friday, 48% dos entrevistados pretendiam comprar alguma coisa durante o período.
Para descobrir o que o consumidor achou dos preços, descontos e condições de pagamento oferecidas na Black Friday, a MindMiners conversou com 1300 pessoas de todas as regiões e faixas etárias das classes A, B e C do Brasil através do nosso painel de respondentes exclusivo, o MeSeems.
O placar final...
Mesmo com uma queda no número de pedidos em relação a 2020, as pessoas que optaram por fazer compras durante a Black Friday (52% dos entrevistados), fizeram as suas compras, principalmente, pela internet (29%), enquanto apenas 10% optaram apenas pelas lojas físicas e 12% soube aproveitar os benefícios de ambos os espaços de vendas.
A grande vantagem de comprar pela internet, é por conta da facilidade de monitoramento de preços e busca por mais opções de vendedores, que acaba sendo mais eficiente do que precisar ir de loja em loja. Esta atividade foi realizada por 41% dos respondentes exclusivamente pela internet.
Dentre os 48% das pessoas que não fizeram compras na Black Friday, os principais motivos são falta de dinheiro (44%), promoções não atrativas (37%) e a falta de necessidade de comprar algum item (24%).
Quando observamos por classe social, a falta de dinheiro é o principal motivo para desistir das compras da Black Friday da Classe C (49%). Este percentual nas classes A e B correspondem a 38% e 41%, respectivamente.
Valeu a pena?
Falando sobre o preço dos produtos oferecidos, observamos um descontentamento um pouco menor do que o ano anterior, que pode ser explicado porque 40% acha que os descontos estavam iguais aos da Black Friday de 2020 e 39% das pessoas afirmam que estavam ainda piores.
Em 2020, 53% das pessoas disseram que os descontos eram muito ruins ou ruins. Este ano, essa taxa caiu para 37%.
Já quando falamos especificamente das categorias de produtos, as opiniões sobre a atratividade dos preços dividiram muito as opiniões dos entrevistados.
Os eletrônicos (televisão, aparelho de som), eletrodomésticos (fogão, geladeira, máquina de lavar, etc) e aparelhos de telefonia, foram os produtos menos atrativos aos olhos do consumidor em relação a preços e descontos.
Curiosamente, quando observamos as categorias mais atrativas, temos Telefonia liderando a lista, seguida por Roupas/Acessórios e Eletrônicos/Eletroportáteis (Ex: televisão, aparelho de som).
A grande atratividade dos preços da categoria de Roupas e Acessórios foi muito bem aproveitada pelo público, sendo comprada de fato por 25% dos respondentes.
Top 10 categorias de produtos mais comprados na Black Friday 2021
- Roupas e acessórios (25%)
- Beleza e saúde (19%)
- Livros (17%)
- Alimentos e snacks (15%)
- Telefonia (Celular/Smartphone) (15%)
- Fast food (13%)
- Eletrodomésticos (Ex: fogão, geladeira, máquina de lavar, etc) (12%)
- Eletrônicos/Eletroportáteis (Ex: televisão, aparelho de som) (12%)
- Informática (Ex: Computadores, tablets etc) (11%)
- Móveis (10%)
No fim das contas, a Black Friday 2021 confirma novamente o aumento das compras online e a definição do futuro do varejo.
A baixa de pedidos pode ser interpretada como consequência da crise econômica aliada a já conhecida desconfiança em relação aos descontos oferecidos na data, mesmo que no saldo geral de lucro, os resultados tenham sido dentro do esperado. Como a Black Friday impactou a sua marca ou empresa em 2021?
