Reuniões familiares, celebrações religiosas, trocas de presentes, amigo secreto/oculto e ceia. Essas são algumas das tradições dos brasileiros durante as comemorações de Natal. Todas, de alguma forma, envolvem proximidade entre amigos e familiares. Mas como isso se dá em meio a uma pandemia onde a principal orientação é o isolamento?
Com objetivo de entender como o brasileiro está reagindo à aproximação da data e quais são os possíveis impactos da COVID-19 nos hábitos de compra, a MindMiners entrevistou 500 usuários da rede social de opinião MeSeems entre os dias 14 e 16 de dezembro de 2020, de todas as regiões do Brasil, faixa etárias, classes sociais e gêneros.
O significado da data
Ainda que a origem seja religiosa, o Natal absorveu outros significados e tradições, sem perder sua base. Entre os 88% dos respondentes que comemoram a data, 60% concordou em algum grau que essa é uma celebração importante para sua religião e 87% que é um momento de reunir amigos e familiares, independente das crenças religiosas.
Existe também um caráter nostálgico na data, uma vez que 66% concorda em algum grau que gostava mais do Natal quando era criança e 63% concordou que as tradições da família durante a celebração mudaram ao longo dos anos.
Se é importante, precisa ser comemorada
Se entendermos que esse é um momento importante para as famílias brasileiras, podemos esperar que ela será comemorada, ainda que em situações como a de 2020, onde as recomendações são pela preservação do isolamento social por conta da pandemia de COVID-19. De fato, os respondentes não querem que essa data passe sem comemorações.
Apenas 20% pretende cancelar ou adiar encontros familiares e 5% cancelar viagens.
Isso não significa que a data será comemorada da mesma forma como nos anos anteriores. 34% irá comemorar apenas com as pessoas com quem moram e 29% pretende incluir mais pessoas na comemoração, mas respeitando as medidas de distanciamento.
8% dos respondentes pretendem comemorar a data normalmente.
Comemorar também é presentear
Em relação ao ano de 2019, houve uma diminuição na intenção de comprar presentes. Se antes o percentual era de 55% dos respondentes, em 2020 esse número cai para 43%. E ainda que a pesquisa tenha sido realizada com menos de 15 dias para o Natal, 23% não tinha se decidido se compraria presentes ou não, o que indica que a tradição de deixar para decidir na última hora ainda faz parte da rotina de muitos.
Como essa será uma celebração mais intima e com menos pessoas por conta do distanciamento social, será um momento de presentear prioritariamente as pessoas com quem já convive no dia a dia. A maior parte (50%) dos respondentes irá comprar online para entregar na casa dos presenteados e 42% entregará pessoalmente durante a comemoração.
O perfil dos presenteados:
61% Pai/Mãe;
56% Namorado(a)/Companheiro(a)/Cônjuge;
49% Filhos(as).
Economia é a palavra da vez
O dinheiro é o maior impeditivo para quem não pretende comprar presentes esse ano. 34% afirmou que está realizando contenção de despesas, 30% que estão desempregados e 24% estão priorizando outras contas.
Entre os que pretendem comprar, 57% irá gastar menos com presentes do que gastou em 2019 - priorizando sempre um bom custo-benefício, uma vez que os principais fatores que influenciam na escolha do que comprar são os preços (57%), descontos/promoções (42%) e qualidade do produto (41%).
Reuniões em volta da mesa
As refeições também desempenham um papel central para essas comemorações, 84% dos respondentes tem a tradição de realizar a ceia do dia 24/12 e 68% o almoço do dia 25/12.
Para garantir boas refeições durante a comemoração, a grande preferência do consumidor é pelas grandes redes varejistas como supermercados(81%) e hipermercados atacadistas (64%), mas sem deixar de contribuir também para o aquecimento dos comércios locais, já que 43% compra em mercados de bairro e 26% em feiras livres.
14% já utiliza a internet como canal de compra dos alimentos e bebidas para as comemorações de Natal.
Entretanto, o mais importante aqui continuam sendo os preços e descontos. Como essa é uma compra que acontece todos os anos para a maioria dos respondentes, 55% pesquisa tudo com antecedência e espera o melhor momento para comprar e 29% pesquisa em um mesmo dia, mas em locais diferentes.
Apenas 16% não pesquisa os preços dos alimentos e bebidas para a comemoração antes de comprá-los.
Um prato cheio e variado
Tradição é tradição. Por isso, os principais pratos típicos do Natal se mantêm sobre a mesa. Entre as carnes os preferidos são o chester (54%), pernil (47%) e peru (44%). Já para a sobremesa, os queridinhos são o panetone (70%) e chocotone (60%).
Já para bebidas, as mais presentes durante as celebrações de Natal foram os refrigerantes (80%), sucos naturais (53%) e bebidas alcóolicas (52%).
Entre as bebidas alcóolicas as mais consumidas são:
79% cerveja
70% vodka
54% champanhe
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