Moda e Inclusão 2022

Qual é o valor que o brasileiro enxerga na moda? Não é só vestir por vestir. Vários grupos que compõem a nossa população têm muito o que dizer sobre o assunto, principalmente quando falamos sobre representatividade e inclusão.


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Moda e Inclusão 2022

O que é moda, afinal?

A moda sempre foi sobre pertencimento.

Antes, focada em status social; hoje, em representar identidade, conforto, arte e expressão pessoal. Mas será que a moda é vista dessas formas por todo mundo?

Será que, realmente, todos nós conseguimos expressar quem somos por meio da moda? E se também é sobre conforto, o quanto ela abraça as individualidades e os corpos que temos na sociedade?

Para responder a essas e outras questões, a MindMiners realizou o estudo original sobre “Moda e Inclusão”. Conversamos com quase 3 mil respondentes pelo Brasil em um questionário geral sobre moda; com 85 pessoas em um questionário exclusivo para pessoas com deficiência física, e com 340 pessoas em outro questionário específico para pessoas com idade 60+.

O objetivo foi entender como os brasileiros, com suas diversas vivências e particularidades, enxergam o mundo da moda. Acompanhe alguns dos números que extraímos!

Photo by piotr szulawski / Unsplash
49% dos respondentes acredita que transmitem sua essência pela forma como se vestem.

Destaque para a classe A, com 9% a mais que a média geral, e para o gênero feminino, que concorda com essa afirmação 14% a mais que o masculino.

Custo-benefício

Para o público geral, o consumo de moda no pós-pandemia se resume a custo-benefício. Além disso, há preferência por roupas mais baratas e que sejam confortáveis.

Porém, também nota-se que as pessoas gostam de atribuir à moda um papel de provedora de autoestima e identidade, fazendo referência ao famoso ditado “bom, bonito e barato''.

O conforto passou a ser uma das principais exigências, especialmente por conta do boom do homewear durante a pandemia, que estimulou a compra de pijamas, moletons e pantufas.

Porém, uma pergunta fica no ar: agora que grande parte das pessoas já pode sair, como adaptar esse conforto para usar fora de casa?

Fashionistas

Outro perfil que foi observado, foi o de fashionistas. Representando 12% da amostra geral, os fashionistas enxergam uma grande influência da moda em suas vidas.

90% concorda que a forma como se vestem impacta diretamente na autoestima e contribui para um senso de identidade mais aflorado, fazendo com que expressem tudo o que são, sentem e buscam por meio da moda.

Além disso, a segurança na hora de se vestir é tão grande que, para essas pessoas, o conforto também acaba sendo a prioridade no momento de escolher as peças.

Quando o assunto é representatividade e pautas sociais, os fashionistas são exigentes e preocupados com os posicionamentos das marcas que consomem. Isso reforça que investir em inclusão é algo muito relevante não só para grupos de pessoas com corpos que estão fora do padrão imposto pela sociedade.

Inclusão e representatividade

A importância que é dada à identidade própria e a expressão por meio da moda é enorme e é um direito de todos. Mas, ter o direito não significa ter o acesso.

Quando abordamos a inclusão na moda, percebemos que algumas marcas estão dando os primeiros passos pensando em iniciativas que abracem uma ampla diversidade de corpos em relação à etnia, tamanhos, idades, questões de binaridade de gênero, deficiências, entre outras particularidades.

Porém, o caminho a ser percorrido para alcançar um cenário de representatividade na moda ainda é muito longo.

Exemplo disso é que mais da metade dos respondentes maiores de 60 anos se importam muito com a forma como se vestem. No entanto, 69% sente que as marcas de moda focam em produzir apenas para pessoas mais jovens.

Quando observamos as particularidades de grupos das pessoas com deficiência física, identificamos que 71% dos respondentes dizem que a forma como se vestem impacta diretamente na autoestima.

Além da falta de adaptações e tamanhos especiais para essas pessoas, também observamos que estes fatores também refletem na comunidade LGBTQIA+ e a relação limitante que a moda tem com a binaridade de gênero.

Como essas parcelas da população que se interessam por moda têm sido atendidas apesar dessas limitações?

Essa é uma reflexão que te convidamos a fazer com a gente neste estudo. Que tal saber mais sobre a inclusão na moda e a percepção dos brasileiros? Você pode acessar esses e muitos outros dados e descobertas conferindo nosso estudo completo!

Conferir dados e obter insights!


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