Diversão digital: o sucesso do streaming de vídeo

Descubra como o comportamento dos consumidores de streaming de vídeo podem influenciar outros setores e indústrias!


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4 min
Diversão digital: o sucesso do streaming de vídeo

O streaming é a união perfeita entre tecnologia e comodidade.

O fácil acesso a grandes acervos de filmes, séries, documentários, novelas e outros conteúdos por um único preço mensal cresceu e se popularizou com bastante facilidade ao redor do mundo, e o streaming se tornou um dos principais responsáveis pelo lazer e diversão através de meios digitais.

Pensando na relação, preferências e comportamentos do consumidor de streaming - e utilizando a nossa rede social de opinião e painel de respondentes, o MeSeems - a MindMiners conversou com 1.000 brasileiros de todas as idades, regiões, classes sociais e gêneros para entender como o streaming de vídeo influencia e proporciona diversão aos brasileiros.

Pode dar play!

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Antes da pandemia, apenas 16% das pessoas consumiam serviços de streaming de vídeo todos os dias. Porém, durante o isolamento a quantidade de acessos e consumo de filmes, séries, novelas e outros conteúdos nas plataformas de streaming de vídeo chegou em 31%.

Com mais tempo em casa e novos serviços de streaming de vídeo - como o Disney+, o HBOMax e em breve, o Star+ - ficando disponíveis no Brasil, a alta no consumo de vídeos ficou muito mais perceptível.

Os serviços de streaming mais assinados pelos nossos respondentes são:

64% - Netflix
34% - Amazon Prime Video
20% - Disney+
19% - Globoplay

Além de serviço mais assinado, a Netflix também é está no topo do coração dos consumidores de streaming.

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Photo by Alin Surdu / Unsplash
Netflix é o serviço de streaming favorito de 67% dos respondentes. Seguido por Amazon Prime Video (12%) e GloboPlay (5%).

A tecnologia do streaming nos proporciona o acesso remoto ao entretenimento de forma fácil e simples e que, em tempos de isolamento social, fez ainda mais sucesso considerando que somente a Netflix registrou mais 37 milhões de novos usuários em 2020.

O crescimento foi tão grande que recentemente, anunciaram até mesmo que pretendem estender o catálogo para a indústria de games - outro mercado que cresce cada vez mais - em busca de novos formatos de divertir e entreter o público.

O que vamos assistir hoje?

Quem nunca abriu um serviço de streaming de vídeo e passou mais tempo procurando o que assistir do que de fato assistindo algo, que atire a primeira pedra.

55% dos respondentes prefere assistir séries e 33% prefere assistir a filmes.

Essa frase - ironicamente adaptada - faz bastante sentido considerando que as séries são o tipo de conteúdo mais consumido nos serviços de streaming, segundo nossos respondentes. Afinal, é bem mais fácil escolher uma série para assistir por um tempo do que um filme para assistir mais rápido, né? Mas as curiosidades sobre o consumo de séries não param por aí.

Stranger Things, da Netflix (Twitter Stranger Things/Divulgação)
77% dos respondentes declaram que gostam de fazer maratonas, mas a tendência é que essa atividade entre em declínio em breve.

O binge-watching, termo em inglês que significa "maratonar séries", se popularizou com a chegada dos serviços de streaming de vídeo que costumam disponibilizar episódios de séries de uma só vez. Se no passado a ansiedade pelo próximo capítulo de novelas e seriados de TV nos consumia, hoje é possível dizer que esse jogo virou.

Em contrapartida, o consumo dos conteúdos se torna extremamente rápido, tornando as produções obsoletas de forma desproporcional ao ritmo de produção das produtoras de filmes e séries.

Assim, a distribuição de episódios sazonalmente passa a ser valorizada novamente, pois além de gerar um buzz semanal nas redes sociais, o conteúdo permanece relevante por mais tempo. A Disney seguiu esse modelo e teve muito sucesso desde a estreia de seu streaming com as séries Wandavision, The Mandalorian e Loki, por exemplo.

Eu gosto de você, mas...

Ultimamente, nem tudo é só flores. Os consumidores de streaming gostam muito dos produtos que assinam, mas isso não isenta as marcas de receber críticas.

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Via techdaily.ca | #streaming #hulu #netflix #amazonprime #espn
Photo by Tech Daily / Unsplash

Quando perguntamos aos respondentes se sentiam falta de algum fator ou se mudariam algo nos serviços de streaming de vídeo que assinam, boa parte das pessoas comentou sobre os preços das plataformas não serem tão acessíveis.

Além disso, algumas considerações dos respondentes sobre o preço e o conteúdo dos serviços de streaming são interessantes de ser observadas, dentre elas a resposta a seguir parece condensar bem o pensamento de que exclusividade de conteúdo nem sempre vale a pena para o consumidor:

“Não gosto de exclusividade. Desde que percebi o quanto ela impede a minha diversão em meados de 1995, quando jogos que eu queria jogar não existiam para o console que eu tinha, pq estes eram exclusivos de outro console. Hoje, a mesma coisa acontece com serviços de streaming. É necessário ter várias assinaturas para ver algo. Eu assinaria um serviço que quebrasse a exclusividade sem pensar muito.” - Usuário da rede social de opinião e painel de respondentes próprio da MindMiners, o MeSeems

Além disso, o preço foi considerado o fator mais importante para que os respondentes assinassem um serviço de streaming de vídeo:

Fatores mais e menos importantes em um serviço de streaming

1º - Preço
2º - Qualidade dos títulos presentes no catálogo
3º - Variedade do catálogo
4º - Acessibilidade (qualidade do site ou aplicativo que usa para acessar o conteúdo)
5º - Popularidade da plataforma
Apple tv+ intro screen.
Photo by James Yarema / Unsplash

Os fãs de diversão através de conteúdos digitais são bastante exigentes em relação a qualidade, e as reflexões sobre o comportamento dos consumidores de streaming de vídeo podem ser facilmente aplicadas a outros setores e indústrias.

Afinal, é sempre relevante se perguntar: Vale a pena apostar tudo na popularidade do seu produto? Os consumidores realmente irão continuar fiéis mesmo não enxergando um bom custo-benefício? Se inspirando nos casos do Disney+ e da Apple TV, será que outras indústrias também agradariam mais seus consumidores se pensassem em novos modelos de produção e distribuição?



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